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Ator que interpretou Barrabás: “Não temos consciência do milagre da Eucaristia”

Pietro Sarubbi como Barrabás

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Francisco Vêneto - publicado em 12/11/21

Pietro Sarubbi já havia comovido o mundo ao contar como o olhar de Jesus o tinha convertido em "A Paixão de Cristo"

Pietro Sarubbi é o ator italiano que não queria interpretar o papel de Barrabás no filme “A Paixão de Cristo”, de Mel Gibson. Embora muito afastado da Igreja na época das gravações, Pietro desejava interpretar o apóstolo São Pedro – não porque tivesse particular apreço pelo Santo Padre, mas apenas porque o valor a ser pago por dia de trabalho era mais alto. Não foi pequena a sua decepção quando o diretor lhe disse que o queria no papel de Barrabás.

O próprio Mel Gibson, porém, lhe explicou que Barrabás não era apenas um bandido. O rebelde zelote tinha ficado muitos anos preso, fora torturado e levado ao limite do humanamente suportável. Uma frase de Mel Gibson bateu fundo no coração de Pietro: Barrabás tinha ido se transformando num animal, um ser embrutecido e sem palavras que só se expressava com o olhar. Era por isso que o diretor o tinha escolhido: porque Pietro poderia encarnar tanto o animal selvagem quanto, no fundo do coração, manter no olhar o brilho de um homem bom. Durante as gravações, Pietro Sarubbi e o zelote se fundiram num só. A cena avançava e Pietro encarnava os acontecimentos de tal forma que já nem atuava conscientemente. Quando as autoridades libertam Barrabás, escolhido pela multidão no lugar de Jesus, o bandido, entre incrédulo e exultante, fitava os poderosos e depois a turba com ironia. É quando desce as escadas e o seu olhar se cruza com o de Jesus. Pietro mesmo testemunha:

“Foi um grande impacto. Eu senti uma corrente elétrica entre nós. Eu via o próprio Jesus”.

E foi graças à força daquela cena compartilhada com o colega Jim Caviezel, intérprete do Cristo ali condenado ao suplício horrível da morte na cruz, que uma paz desesperadamente procurada ao longo de tantos anos finalmente inundou a alma do incrédulo ator italiano:

“Quando olhou nos meus olhos, os olhos de Jesus não tinham ódio nem ressentimento. Só misericórdia e amor”.

Em 2011, Pietro Sarubbi relatou a sua impactante conversão no livro “Da Barabba a Gesù – Convertito da uno sguardo” (“De Barrabás a Jesus: convertido por um olhar”). O ator relata, nessa obra, que a fé passou a abranger todos os setores da sua vida. As páginas do livro, aliás, se encerram com uma interpretação pessoal daquele episódio que mudou para sempre a sua trajetória:

“Barrabás é o homem a quem Jesus salvou da cruz. É ele que representa toda a humanidade”.

Recentemente, outro testemunho de Pietro Sarubbi tem impactado o mundo católico.

Ele participou de um documentário sobre a Eucaristia intitulado “O Beijo de Deus” e foi entrevistado a esse respeito pelo site Alfa y Omega. Na entrevista, ao falar do sua relação atual com Cristo, Pietro afirmou que segue Jesus “com o cansaço de um pobre pecador que tenta corresponder a um amor tão grande, caindo mil vezes, mas com a certeza de sempre ser perdoado, esperado e amado, mil e uma vezes”.

Ele busca a presença de Jesus principalmente na Eucaristia, da qual declara: “É um presente excepcional que Deus dá ao homem. O homem moderno não tem consciência da grandeza do milagre que é poder participar da Ceia com Cristo todas as vezes que quisermos”.

Pietro também compartilha um depoimento sobre a importância da Eucaristia na sua vida:

“Eu não era casado, mas, depois da minha conversão, quis me casar, ser digno de receber a Eucaristia. Nas primeiras vezes em que fui à Missa depois da minha conversão, fui com meus filhos e minha esposa. A certa altura, uma das minhas filhas começou a preparação para a primeira comunhão, mas, depois de receber toda a catequese, falou para o padre que não queria receber a Eucaristia. Espantado, o padre perguntou por quê e ela disse isso: ‘porque a Eucaristia é muito amarga’. ‘E como é que você sabe, se nunca experimentou?’. E ela respondeu: ‘Eu sei porque, toda vez que o meu pai comunga, ele chora’. Esta é a Eucaristia na minha vida!”.

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CinemaConversãoEucaristiaTestemunho
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