Ficar offline por uma semana me tornou uma mãe melhor

Você pode aprender muito desafiando-se a ficar offline por um breve tempo. Aqui estão minhas conclusões dessa experiência

Tenho pensado em como a vida poderia ser um pouco mais leve e simples. Como mãe, gostaria de poder me concentrar mais plenamente nos meus filhos. Sinto uma sobrecarga constante. De fato, vivemos tempos difíceis. Eu gostaria de ser uma mãe e uma esposa melhor.

No entanto, ao invés de propor ao meu marido e aos meus filhos que nos mudássemos para uma cabana nas montanhas, eu decidi fazer algo mais fácil. E encarei isso como um exercício para melhorar o meu foco nas coisas que realmente importam.

A experiência que eu decidi fazer foi ficar offline por uma semana. E essa atitude me fez perceber o quanto nós podemos estar submersos nas distrações da vida digital, deixando de perceber sutilezas magníficas da vida cotidiana com nossos filhos e família.

Claro que hoje em dia a internet é uma necessidade. Mas, a partir do meu experimento, percebi que eu posso (e me esforçarei para isso) encontrar um equilíbrio melhor entre a atenção ao celular e a atenção aos meus filhos e à minha vida familiar. Então, aqui estão alguns benefícios que encontrei ao passar uma semana offline.

Senti na pele a falta que faz acessar as redes sociais e meus sites favoritos durante as refeições. Ou quantas vezes gostaria de compartilhar algo do nosso dia. Mas, por outro lado, as interações durante as refeições passaram a ser entre nós, não com o mundo digital.

Ficar offline por uns dias nos faz perceber o quanto pesquisamos e obtemos respostas especialmente através do Google. Diante disso, temos de encontrar outras formas de obter informação. Quando meus filhos tinham perguntas sobre temas escolares, tivemos de explorar mais os próprios livros da escola ou outros livros. De fato, ter uma pequena biblioteca, mesmo que feita de algumas dezenas de livros, já faz uma grande diferença cultural.

Exercer a criatividade é algo magnífico quando se está offline. Sem streaming e YouTube, fomos “forçados” a inventar (ou recordar) formas de se divertir. Brincamos de jogos, desenhamos juntos e fizemos coisas fora de casa, ao invés de ficar na frente da tela. E, além de tudo, dedicamos mais tempo à leitura e à oração.

Em vez de me sentir constantemente dividida entre as notificações do celular e meus filhos, por uns dias eu pude me concentrar inteiramente neles. Em consequência disso, o comportamento das crianças melhorou (assim como o meu, claro). Poder dedicar mais atenção um ao outro em casa faz com que vários desentendimentos tolos desapareçam. As crianças sentem imediatamente que não precisam ficar chamando a atenção o tempo todo.