“Os terroristas estão em debandada, como dizem, e já não têm nenhuma base, mas andam pelas matas em pequenos grupos. Há grupos que já incendiaram [casas] e houve mortos” em Cabo Delgado, afirmou o diretor da Cáritas mais atingidas pela violências de Pemba à Fundação AIS.
“[O nome] da aldeia não posso precisar, mas acompanhei [essa informação]. Queimaram uma aldeia na zona de Macomia, pois eu passei lá quando ia para Meluco e a aldeia estava toda ela queimada. Este ataque foi a 24 de Setembro”, acrescentou ontem Manuel Nota durante uma visita de uma delegação da Fundação AIS à sede da Cáritas na cidade de Pemba.
Padre confirma
Mais recentemente, a 13 de Novembro, terá ocorrido outro ataque. “Ouvi isso também, mas não sei qual é a aldeia”, esclarece o responsável. O Padre Edegard Silva, actualmente na Paróquia de Nossa Senhora do Carmo, em Mieze, confirma um relato semelhante.
“Dois missionários que estão na região norte mandaram por estes dias notícias de novos ataques. São dois relatos muito tristes que demonstram que os insurgentes estão aí, que os terroristas estão aí. São relatos muito concretos”, diz este sacerdote brasileiro que pertence à comunidade dos missionários saletinos.
Desde que os ataques terroristas tiveram início, em Outubro de 2017, calcula-se que terão perdido a vida mais de 3 mil pessoas e há mais de 800 mil deslocados. A Fundação AIS tem, desde a primeira hora, procurado auxiliar a Igreja de Moçambique, nomeadamente através da Diocese de Pemba, nas acções de solidariedade para com as populações para com as populações mais atingidas pela violência.
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