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Milagros, a bebê vitoriosa confiada a Maria Auxiliadora

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TetianaRUD | Shutterstock

Rodrigo Houdin - publicado em 19/11/21

Ela nasceu com apenas 17 semanas de gestação, enquanto sua mãe lutava para sobreviver à Covid-19. Apesar de ter apenas 780 gramas, Milagros agarrou-se à vida e é um farol de esperança para todos

A bebê, que recebeu o nome de Milagros, foi tirada do útero de sua mãe no quarto mês de gravidez. Foi uma tentativa dos médicos para que a mulher sobrevivesse às complicações da Covid-19. Naquela época, os profissionais não deram expectativa de vida à bebê. Um mês depois, a mãe dela faleceu.

PARAGUAY

O caso aconteceu na pequena localidade de Hernandarias, leste do Paraguai, durante uma das piores fases da pandemia, quando os hospitais estavam superlotados. A baixa disponibilidade de leitos de terapia intensiva e oxigênio complicou as chances de sobrevida do bebê.

“Os médicos acharam necessário remover minha bebê do ventre de sua mãe, pois ela estava em uma posição em que pressionava os pulmões de minha esposa. Disseram-nos que a minha filha não tinha chances de sobreviver, mas para surpresa deles Milagros nasceu cheia de vida”, disse à Aleteia Edgar Gallardo, pai da menina.

Luta pela vida

Depois de várias horas de espera, a família finalmente encontrou um leito de terapia intensiva neonatal para a menina na capital, Assunção, a mais de 300 quilômetros de onde ela nasceu. A falta de oxigênio obrigou os médicos a realizar oxigenação manual na recém-nascida por mais de 14 horas até que ela chegasse ao Hospital Central do Instituto do Seguro Social.

“Os médicos não estavam preparados para receber a bebê, pois, devido ao seu fraco desenvolvimento gestacional, as chances de sobrevivência dela eram nulas para a ciência. Eles nos disseram que seus pulmões não estavam desenvolvidos e que não devíamos ter delírios. Foi uma medida para salvar minha esposa”, lembrou Edgar.

PARAGUAY

Intercessão de Maria Auxiliadora

No dia 24 de novembro de 2021, Milagros fará seis meses. Ela teve alta após passar quatro meses na UTI neonatal, onde lutou contra diversas complicações de saúde. A mãe dela faleceu em 30 de junho, 36 dias após o parto, enquanto a menina se agarrava à vida.

Milagros nasceu no dia 24 de maio, Dia de Maria Auxiliadora. Por isso o pai dela confiou sua saúde à intercessão da Virgem Maria.

“Nós a chamamos de Milagros María Auxiliadora porque ela foi um verdadeiro milagre da Virgem. Nossa vida desabou com a morte da mãe dela, mas minha princesa me dá forças para seguir em frente”, disse Edgard Gallardo.

O pai da menina comentou que a bebê saiu do hospital com problemas para o desenvolvimento da visão, mas antes da intervenção a laser, sugerida pelos médicos, a situação se inverteu milagrosamente.

Luz de esperança

“Milagros tirou força de sua mãe, que era uma esposa incrível. É difícil ficar sem ela, mas temos que seguir em frente pela nossa princesa”, lembra.

A menina é uma luz de esperança para seus irmãos e seu pai, que encontram nela a força para superar a morte de Mercedes Toledo, a mãe da pequena.

Milagros María Auxiliadora Gallardo soube superar todas as adversidades, e sua história comove todo o Paraguai.

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