Quando um cardeal a criticou por ela ter deixado o Papa esperando, ela deu uma resposta surpreendente
Madre Teresa e o Papa João Paulo II se encontraram em várias ocasiões. Mas há um encontro que revela o espírito único de Madre Teresa. A história consta em uma edição recente da publicação bimestral italiana Miracoli e misteri, em um artigo de Massimiliano Di Paolantonio.
Madre Teresa estava em um carro a caminho de Nova Delhi para cumprimentar o Santo Padre, quando em certo ponto notou uma pessoa com lepra sozinha à beira da estrada. Ela fez o motorista encostar o carro, saiu do veículo e começar a cuidar do leproso. Ela conversou longamente com ele para consolá-lo, trazendo-lhe o amor de Deus e dando-lhe esperança e coragem. Então, ela partiu novamente, mas já estava atrasada para o encontro com o Papa.
Quando um dos cardeais presentes a criticou por ela ter deixado o Papa – o Vigário de Cristo na Terra – esperando, ela respondeu calmamente: “Sim, eu sei, mas encontrei Cristo na estrada”.
Cristo está no outro
Verdadeiramente, o fogo do amor de Jesus guiou a vida de Madre Teresa. Se Cristo está presente no nosso próximo, se uma pessoa doente é Cristo, então até o Papa pode esperar.
Precisamos ser mais flexíveis com nossos horários e dar ao tempo uma importância diferente e mais relativa. Em vez de deixá-lo ser um tirano que nos faz sentir como se não estivéssemos no controle, forçando-nos a um jeito apressado e distraído, precisamos usá-lo bem, dando importância a cada momento, enchendo-o de significado e paz.
Quando somos muito subservientes aos nossos horários, nem sorrimos para aqueles que encontramos pelo caminho — não apenas na estrada, mas mesmo dentro de nossa casa. Agimos como escravos do tempo, não de seus senhores.
Usar o tempo sem ansiedade
Somente dando prioridade máxima ao Senhor, colocando-O em primeiro lugar em nossas vidas e reconhecendo Sua presença viva naqueles ao nosso redor, podemos reverter esse modo destrutivo de viver.
Mesmo nos dias mais importantes, quando temos reuniões de trabalho ou outras atividades importantes, o relógio que devemos olhar para marcar nosso tempo é sempre o de Cristo.
Se reconhecermos que Jesus está nos outros, particularmente perto de nós naqueles que vemos diariamente e naqueles em dificuldade, como Madre Teresa, pararemos sem ansiedade e preocupação — mesmo à custa de adiar algum compromisso.
Ouviremos calmamente, por exemplo, um amigo que quer desabafar, um filho ou filha que quer nos contar sobre suas conquistas ou dificuldades, um colega cujo cônjuge está hospitalizado. Porque nisso também, todos os dias, encontramos Cristo.
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