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Papa: é preciso ver os migrantes como pessoas

POLAND

VIKTOR TOLOCHKO / SPUTNIK / SPUTNIK VIA AFP

Reportagem local - publicado em 29/11/21

O Papa Francisco advertiu contra a "tentação comum" de hoje, que é a de "descartar tudo o que incomoda"

O Papa Francisco, através do secretário de Estado Vaticano, cardeal Pietro Parolin, enviou hoje uma mensagem por ocasião dos 70 anos da Organização Internacional para as Migrações, principal organização intergovernamental no campo da migração, com sede em Genebra, na Suíça. Há dez anos, a Santa Sé é membro da Organização.

Em sua mensagem, o Papa pede uma mudança de perspectiva sobre o fenômeno da migração.

Não é apenas uma história de migrantes, mas de desigualdades, desespero, degradação ambiental, mudanças climáticas, mas também de sonhos, coragem, estudo no exterior, reunificação familiar, novas oportunidades, segurança e trabalho pesado, mas digno.

Pessoas

O Papa considera que o debate sobre a migração diz respeito a todos nós: o passado, o presente e o futuro de nossas sociedades.

Não devemos nos surpreender com o número de migrantes, mas vê-los todos como pessoas, olhando seus rostos e ouvindo suas histórias, tentando responder da melhor forma possível às suas situações pessoais e familiares únicas. Esta resposta requer muita sensibilidade humana, justiça e fraternidade.

A “tentação comum” de hoje de “descartar tudo o que incomoda” deve ser evitada. É um sintoma dessa “cultura do descarte” que se que opõe ao ensinamento da maioria das grandes tradições religiosas.

Devemos tratar os outros como desejamos ser tratados e amar o nosso próximo como a nós mesmos, não transcurando a hospitalidade ao estrangeiro. Certamente, estes valores universalmente reconhecidos devem orientar o nosso tratamento dos migrantes na comunidade local e nacional.

O Papa convidou a Comunidade internacional a “enfrentar urgentemente as condições que dão origem à migração irregular, tornando a migração uma escolha consciente e não uma necessidade desesperada”.

A maioria das pessoas que podem viver decentemente em seus países de origem não se sentiria obrigada a migrar irregularmente. São necessários esforços urgentes para criar melhores condições econômicas e sociais para que a migração não seja a única opção para quem busca paz, justiça, segurança e pleno respeito pela dignidade humana.

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