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Dia Mundial de Combate à Aids: o país que virou o jogo investindo na castidade

Dia Mundial de Combate à Aids

@DR

Vanderlei de Lima - publicado em 01/12/21

Importantes pontos para sadia reflexão em um mundo voltado a aventuras, comprovadamente, perigosas

Por ocasião do Dia Mundial de Combate à Aids, que é recordado todo dia 1º de dezembro, compartilhamos a seguir um texto do eremita brasileiro Vanderlei de Lima, publicado por Aleteia em outubro de 2018.

No texto, Vanderlei recorda que a castidade não é apenas uma opção de vida religiosa, mas uma virtude humana que pode ser saudavelmente compreendida e posta em prática por todos, cada um conforme o próprio estado de vida – e ela está na base de uma bem-sucedida campanha nacional de combate à aids e de redução de gravidezes precoces em uma nação do continente africano. Vanderlei também observa, com base em estatísticas, que a profilaxia artificial mediante preservativos requer mais atenção quanto à sua real efetividade.

Eis o texto de Vanderlei de Lima, ainda instigante neste Dia Mundial de Combate à Aids:

Aids, preservativos falhos e castidade

Vez ou outra, algum pesquisador expõe sua análise sobre falhas encontradas no preservativo masculino. Desmente, assim, cientificamente, o lema quase inquestionável segundo o qual a “camisinha” seria 100% segura para barrar o vírus HIV, da AIDS.

A mais recente que temos foi publicada por Religión en Libertad, no dia 19 de julho último, online, com o título Un informe de la Administración francesa cuestiona la eficacia del preservativo para frenar el VIH.

O referido estudo – elaborado pelos doutores Gilles Duhamel e Aquilino Morelle – questiona a eficácia dos preservativos na prevenção da infecção pelo HIV. Demonstra não ser ele, de modo algum, 100% seguro. Tem eficácia de reduzir para 80% o risco de contágio nas relações entre homem e mulher e para 70% nos parceiros do sexo masculinos. Isso faz parte do que o trabalho considera uma “situação epidêmica grave e preocupante”, na França, com 6000 novas infecções a cada ano e “concentrada, há mais de 35 anos desde o seu aparecimento, na população de homens que fazem sexo com outros homens”.

Para o autor da matéria, “o relatório invalida o discurso dominante em três pontos. Primeiro, questiona as campanhas de prevenção do HIV com base em um método com probabilidades de cerca de 20 a 30% de falha. Em segundo lugar, usa as expressões ‘epidemia’ e ‘pandemia’, termos que fogem a abordagens ideológicas. Finalmente, lembra que a infecção está ‘concentrada’ na população masculina que tem relações com pessoas do mesmo sexo”. Daí a pergunta: quem, em sã consciência, tomaria avião de uma empresa na qual a cada 100 decolagens 20 a 30 acabam em desastre fatal?

Em sentido contrário à França, temos o pouco divulgado caso da Uganda. Aquele país da África, em vez de preservativos falhos, optou pela guarda da castidade. Tudo começou quando Yoweri Museveni, presidente da Uganda, afirmou: “Os médicos me disseram que a doença não tinha cura, mas fiquei aliviado. A AIDS não é tão contagiosa quanto a sars ou o ebola. Não se pega no ônibus ou num aperto de mão. A AIDS é uma doença disseminada, principalmente, pelo sexo desprotegido. Se as pessoas soubessem disso, poderiam evitá-la. Então, batemos os tambores [costume das aldeias – nota nossa] e demos o alarme”. A partir daí, uma intensa propaganda teve início. Dizia: “A AIDS é transmitida por relações sexuais… Você precisa se proteger… Não vale a pena morrer por sexo”. Além disso, o lema: “Voltinhas zero. Fique com seu parceiro”.

O resultado eficaz não tardou vir: na escola, o número de meninos entre 13 e 16 anos que tinha vida sexual ativa caiu de 61%, em 1994, para 5%, em 2001. As meninas que mantinham relações sexuais despencou de 24% para 2%, no mesmo período. Mais: em 1995, apenas cerca de 50% dos casais eram fieis no relacionamento; em 2001, 97% dos homens e 88% das mulheres eram fiéis. Já o número de homens que admitia manter casos aventureiros caiu 50% de 1989 a 2001 (cf. Seleções, janeiro de 2004, p. 59-62).

Para o Dr. Leopoldo Salmaso, infectologista no Hospital de Pádua, Itália, quem vive a castidade reduz em ao menos 10.000 vezes o risco de contágio pelo HIV, conforme bons peritos, mas, por razões ideológicas, isso quase não é devidamente divulgado (O Lutador, 14-20/01/1996, p. 3). Será porque – de modo direto – contraria a mentalidade reinante e a forte indústria do preservativo amplamente difundido e – de forma indireta – valoriza a tão combatida castidade?

Pergunta-se, por fim: afinal, que se entende e como se pratica a castidade? – A castidade é a regulamentação natural – e sobrenatural, no 6º Mandamento da Lei de Deus (cf. Êx 20, 14; Dt 5,18; Mc 10,9 etc.) –, do forte instinto sexual humano. Para solteiros é a abstenção das relações sexuais e para casados é a relação sexual exercida dentro do matrimônio aberto, com responsabilidade, à geração de filhos.

Eis importantes pontos para sadia reflexão em um mundo voltado a aventuras, comprovadamente, perigosas. Aqui, se tem um assunto no qual a Ciência confirma a tão atacada Moral Católica defensora da castidade.

Tags:
CastidadeDoençaIdeologiaSaúdeSexualidade
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