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Papa: Deus não se cansa de chamar

POPE-CYPRUS-GREECE-AFP

Photo by PIO / AFP

Reportagem local - publicado em 02/12/21

"Não Se cansa de estar perto, não Se cansa de perdoar. Onde estão as raízes da nossa vocação cristã? Na misericórdia de Deus", disse Francisco, no Chipre

A Igreja é católica, “isto é, universal, espaço aberto onde todos são acolhidos e abrangidos pela misericórdia de Deus e pelo convite a amar”.

Isso foi o que disse o Papa Francisco em seu primeiro dia no Chipre (2/12/2021), durante o encontro com os sacerdotes, religiosos(as) e movimentos eclesiais no país.

Não há – e oxalá nunca existam – muros na Igreja Católica. Não nos esqueçamos disto: ninguém de nós aqui foi chamado por proselitismo dum pregador. Nunca o esqueçamos!

Segundo o Papa, o proselitismo “é estéril, não dá vida”.

Todos nós fomos chamados pela misericórdia de Deus, que não Se cansa de chamar, não Se cansa de estar perto, não Se cansa de perdoar. Onde estão as raízes da nossa vocação cristã? Na misericórdia de Deus. É preciso que nunca o esqueçamos. O Senhor não desilude; a sua misericórdia não dececiona. Sempre espera por nós.

O Papa disse em seguida que “não há – e oxalá nunca existam – muros na Igreja Católica”.

Vo-lo peço por favor! É uma casa comum, é o lugar das relações, é a convivência da diversidade: este rito, aquele rito…; um pensa assim, esta irmã viu dum modo, aquela viu doutro… A diversidade de todos e, nesta diversidade, a riqueza da unidade. E quem faz a unidade? O Espírito Santo. E quem faz a diversidade? O Espírito Santo. Quem puder compreender, compreenda. Ele é o autor da diversidade, tal como é o autor da harmonia. Assim o dizia São Basílio: «Ipse harmonia est – Ele próprio é a harmonia». É Ele Quem faz a diversidade dos dons e a unidade harmoniosa da Igreja.

Igreja paciente

O Papa então afirmou ao clero: “precisamos duma Igreja paciente, queridos irmãos e irmãs, duma Igreja que não se deixa abalar e perturbar pelas mudanças, mas serenamente acolhe a novidade e discerne as situações à luz do Evangelho”.

A Igreja em Chipre vive de braços abertos: acolhe, integra, acompanha. É uma mensagem importante também para a Igreja em toda a Europa, marcada pela crise da fé: não adianta ser impulsivos, não adianta ser agressivos ou nostálgicos ou lamurientos, mas sim progredir lendo os sinais dos tempos e também os sinais da crise.

Segundo o Santo Padre, é preciso “recomeçar a anunciar o Evangelho com paciência, tomar na mão as Bem-aventuranças, anunciá-las sobretudo às novas gerações”.

A vós, irmãos Bispos, gostaria de dizer: sede pastores pacientes na proximidade, nunca vos canseis de procurar Deus na oração, procurar os sacerdotes no encontro, os irmãos doutras Confissões cristãs com respeito e solicitude, os fiéis no local onde moram. E a vós, queridos sacerdotes que aqui vos encontrais, gostaria de dizer: sede pacientes com os fiéis, sempre prontos a encorajá-los, sede ministros incansáveis do perdão e da misericórdia de Deus. Nunca sejais juízes rigorosos, mas sempre pais amorosos.

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