Esta história é como um pequeno facho de luz. Não é um testemunho dramático — nada extraordinário ou surpreendente — mas é repleta do sentimento mais puro. É a história de como uma italiana de 25 anos, chamada Carolina, fez o Caminho de Santiago para superar a dor do luto após perder sua mãe.
Caminho de renovação
Carolina escreveu no grupo público do Facebook Camino di Santiago: “Eu estava ‘morta’ até então, mas a minha caminhada me trouxe de volta à vida.”
Em agosto, Carolina decidiu fazer a peregrinação a Santiago. Era o primeiro aniversário da morte de sua mãe.
Ela escreveu no Facebook:
Aqueles que partem na jornada carregam esperança em seu coração
Perder a mãe, para uma jovem, significa um tipo particular de solidão. De repente, ela se viu só, já crescida, mas sentindo-se abandonada.
O Papa Francisco disse uma vez que “uma cristã sem Nossa Senhora é órfã”. Eu gostaria de poder dizer a Carolina que ela não está realmente sem mãe, já que Maria é a mãe de todos nós.
Mas este é o aspecto que mais me impressiona: em vez de deixar o luto sufocá-la, de se fechar em sua casa, Carolina começou uma jornada.
A peregrinação sempre alimenta o fogo interior, mesmo que nosso ânimo esteja fragilizado. Um peregrino(a) é alguém que têm esperança. Caminhar nos leva a olhar para frente, a perceber a vista e a natureza, a conhecer outras pessoas — mas acima de tudo conhecer a si mesmo.
“Agora eu entendo o amor que me cerca”
Carolina escreveu no Facebook:
O Caminho de Santiago e a superação da dor
Ela continua:
Carolina reconhece que precisou se encontrar e aprender a amar a si mesma novamente.
Ou seja, aceite a si mesmo, aceite até mesmo as coisas que você não gosta em si mesmo: as limitações, as falhas. Assim como uma mãe faz com seus filhos. E aceite sua própria história também, incluindo os eventos ruins e incompreensíveis que você gostaria de apagar, sem se deixar prender na teia da dor.
“Eu trouxe minha mãe comigo”
Carolina conclui seu post assim:
E, de fato, as fotos provam isso; durante várias etapas da peregrinação, Carolina mostra seu sorriso mais bonito enquanto segura em suas mãos uma foto de sua mãe. De fato, quem amou e foi amado(a) nunca será verdadeiramente órfão.