Feliz Natal! Estes votos, por mais que sejam óbvios para quem pretenda felicitar as pessoas que celebram o Natal, sofreram uma patética tentativa de censura disfarçada de "política inclusiva" - uma contradição aberrante que gerou polêmica internacional em dias recentes.
Durante o voo de volta à Itália após a viagem apostólica ao Chipre e à Grécia, o Papa Francisco foi questionado por jornalistas sobre as controversas diretrizes da União Europeia no tocante à assim chamada "linguagem inclusiva", que, na prática, não conseguiram disfarçar os seus matizes de censura.
Foi este o caso de um manual interno da Comissão Europeia para a Igualdade, com normas alegadamente traçadas para promover a "comunicação inclusiva", mas que, entre outras pérolas, instruía os funcionários desse órgão da União Europeia a evitarem a expressão "Feliz Natal", substituindo-a por generalidades como "Boas Festas".
O Papa Francisco resumiu o manual como "anacronismo" e o comparou com as imposições ideológicas dos regimes totalitários:
Francisco ainda alertou:
Após estrago, "Feliz Natal" é "descancelado"
Dadas as polêmicas que, obviamente, esse triste manual provocou no mundo inteiro, a responsável pela sua elaboração, Helena Dalli, já havia declarado em 30 de novembro que o documento seria suspenso para receber ajustes.
Depois das palavras do Papa Francisco, Helena Dalli retrucou na defensiva:
Helena Dalli desfruta, felizmente, da liberdade democrática de alegar o que bem quiser, mas ela faria melhor uso da liberdade se a empregasse para dizer a verdade.
Ocorre que os fatos concretos a desmentem. Se o objetivo do seu manual era mesmo "não deixar ninguém de fora", então por que instruía os funcionários públicos da Comissão Europeia a deixarem os cristãos de fora quando se referissem ao Natal, ignorando absurdamente a própria essência do Natal como festa eminentemente cristã? Ou o mesmo manual que censurava o "Feliz Natal" também doutrinava os funcionários da Comissão Europeia a dizerem um genérico "Boa Temporada de Jejum" por ocasião do Ramadã?
Trata-se, basicamente, de mais uma desavergonhada mostra daquilo que o Papa Francisco já descreveu, com agudeza, como "perseguição religiosa educada".