O pe. Fábio De Melo Gonçalves, da Paróquia Santa Teresinha, de Seropédica, RJ, compartilhou em sua rede social um extrato do livro “Regra Pastoral“, de São Gregório Magno, que fala sobre um pecado aparentemente secundário, mas, que na verdade, pode ser devastador: o pecado da língua, que não inclui apenas a calúnia, a difamação, a fofoca, mas também a tagarelice.
Eis o fragmento compartilhado pelo sacerdote:
“O profeta testemunha que um homem escravo da sua tagarelice não pode conservar a retidão da justiça, quando diz: ‘O homem linguarudo não tem o direito de caminhar sobre a terra’ (Sl 140,12). Eis por que Salomão diz ainda: ‘Na tagarelice não faltará o pecado’ (Pr 10,9). E Isaías: ‘Garantia de justiça é o silêncio’ (Is 32,17), fazendo compreender que se descuida da justiça da alma quando não se guarda da tagarelice sem medida.
E Tiago: ‘Se alguém pensa que é religioso e não sabe controlar a língua, está enganando a si mesmo, e sua religião não vale nada’ (Tg 1,26). E ainda: ‘Cada um seja pronto para ouvir, mas lento para falar’ (Tg 1,19). E, definindo a potência da língua, acrescenta: ‘É um mal sem freio e está cheia de um veneno mortal’ (Tg 3,8)”.
Tagarelice: palavras inúteis
O extrato da “Regra Pastoral” prossegue:
“A própria Verdade nos adverte, dizendo: ‘Eu vos digo: no dia do julgamento, todos devem prestar contas de cada palavra inútil que tiverem dito’ (Mt 12,36).
A palavra inútil é aquela que não é motivada por justa necessidade ou por uma intenção de pia utilidade. Portanto, se deveremos prestar contas até de uma palavra inútil, reflitamos quão grande pena será dada à tagarelice, pela qual se peca também com palavras que causam dano”.
