Francisco pede um compromisso concreto, mesmo que pequeno, a cada um de nós neste Natal
O Papa Francisco afirmou nesse domingo que a vida é um dom de Deus e que o Natal é uma oportunidade para fazer um gesto concreto de bondade.
A vida não é inútil, não é deixada ao acaso. Não! É um dom que o Senhor nos dá, dizendo-nos: descobre quem és, e trabalha para realizar o sonho que é a tua vida! Cada um de nós – não nos esqueçamos – é uma missão a realizar.
Angelus
No Angelus desse domingo com os peregrinos na Praça de São Pedro, o Papa disse para os católicos não terem “medo de perguntar ao Senhor: o que devo fazer?”
Repitamos-Lhe frequentemente esta pergunta. Ela aparece também na Bíblia: nos Atos dos Apóstolos algumas pessoas, ouvindo Pedro que anunciava a ressurreição de Jesus, «emocionaram-se até ao fundo do coração com essas palavras. E perguntaram a Pedro e aos outros apóstolos: “Que havemos de fazer?”» (cf. 2, 37). Perguntemo-nos também nós: o que é bom fazer por mim e pelos irmãos? Como posso contribuir para o bem da Igreja, para o bem da sociedade?
Preparativos
Segundo o Papa, o Tempo de Advento serve para parar e perguntar-nos como preparar o Natal. “Estamos ocupados com tantos preparativos, com dons e coisas que passam, mas perguntemo-nos o que devemos fazer por Jesus e pelos outros! O que devemos fazer?”
A esta pergunta “o que devemos fazer?” responde João Batista no Evangelho diferentemente para cada grupo. Com efeito, João recomenda a quantos têm duas túnicas para partilhar com aqueles que não têm nenhuma; aos publicanos, que cobram impostos, diz: «Nada exijais além do que vos foi estabelecido» (Lc 3, 13); e aos soldados: «Não exerçais violência sobre ninguém» (v. 14). A cada um foi dirigida uma palavra específica, relativa à situação real da sua vida. Isto oferece-nos um precioso ensinamento: a fé encarna-se na vida concreta.
Gesto concreto
O Papa explicou que isso não se trata de uma “teoria abstrata”.
A fé não é uma teoria abstrata, uma teoria generalizada, não, a fé toca a carne e transforma a vida de cada um. Pensemos sobre a concretismo da nossa fé. Eu, a minha fé: é algo abstrato ou concreto? Levo-a adiante ao serviço dos outros, na ajuda?
Nestes dias, à medida que nos aproximamos do Natal, o Papa Francisco pediu que cada um se pergunte: “como posso fazer a minha parte?”
Assumamos um compromisso concreto, mesmo que pequeno, que se ajuste à nossa situação de vida, e levemo-lo a cabo para nos prepararmos para este Natal. Por exemplo: posso telefonar àquela pessoa sozinha, visitar aquele idoso ou doente, fazer algo para servir um pobre, um necessitado. Ou ainda: talvez eu tenha um perdão a pedir ou a conceder, uma situação a esclarecer, uma dívida a saldar. Talvez tenha negligenciado a oração, e depois de tanto tempo é hora de me aproximar do perdão do Senhor. Irmãos e irmãs, encontremos algo concreto e realizemo-lo! Que nos ajude Nossa Senhora, em cujo ventre Deus se fez carne.
