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5 maneiras como a pandemia tem mudado o nosso corpo

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Adam Jan Figel | Shutterstock

Octavio Messias - publicado em 14/12/21

Estresse do isolamento somado ao medo de perder a vida para o vírus acarretou em uma série de efeitos que podem ser observados na saúde

Em sua mensagem para o 28º Dia Mundial dos Enfermos, em fevereiro de 2020, Papa Francisco se dirigiu à classe médica: “[] o vosso profissionalismo, animado pela caridade cristã, será o melhor serviço ao verdadeiro direito humano: o direito à vida. Quando não puderes curar, podereis sempre cuidar com gestos e procedimentos que proporcionem amparo e alívio ao doente”. Nem mesmo o Papa poderia prever o quão imprescindíveis os médicos se mostrariam nos meses seguintes, com a proliferação da pandemia de Covid-19.

Passados um ano e nove meses do início dos lockdowns e do terror de ver a subida rápida dos números de mortes e de contaminações, os reflexos da pandemia continuam preocupando a comunidade médica. Além de questões pulmonares e efeitos colaterais da infecção do coronavírus, especialistas começam a ver os efeitos de menos de dois anos de pandemia no corpo e na saúde das pessoas, conforme reportagem do periódico britânico The Guardian. Muitos dos problemas são resultado do estresse tanto do risco de vida representado pelo vírus quanto de ficar em casa. Veja os cinco principais a seguir:

Queda de cabelos

O estresse libera no organismo um hormônio chamado cortisol, produzido pelas glândulas suprarrenais, e ele está associado a queda dos cabelos. Além da própria infecção do coronavírus, que geraria perda de cabelos, o que aconteceria em 78% segundo pesquisa do Instituto de Tricologistas (IoT), na Inglaterra. A queda de cabelos na pandemia, o que afeta homens e mulheres, ainda pode consistir em um quadro chamado eflúvio telógeno, que consiste em uma interrupção temporária na produção de fios em determinadas áreas do couro cabeludo.

Olhos secos e cansados 

A pandemia obrigou muitos de nós a passarmos o dia em casa com a cara enfiada em uma tela, o que não tem efeito benéfico para os olhos. Primeiro porque quando estamos focados em algum trabalho no computador, piscamos cinco vezes menos do que naturalmente, e essas piscadas são incompletas, de modo que nossos olhos ficam mais secos. E a chamada luz azul, que é emanada dos monitores, cansa a vista e, a longo prazo, pode causar: degeneração macular relacionada com a idade (DMRI), catarata e fotoqueratite (queimadura na córnea).

Dentes lascados

Os consultórios odontológicos começam a sentir os efeitos da falta de consultas de grande parte dos seus pacientes durante a pandemia. O adiamento em limpezas, exames e demais tratamentos geram problemas mais profundos que os profissionais agora se esforçam em reverter. Outro problema que tem aparecido com frequência é o de dentes lascados ou quebrados em decorrência do bruxismo, o hábito de ranger os dentes durante o sono, que teve um aumento de 71% nos Estados Unidos por conta do estresse provocado pela pandemia, segundo estudo da American Dental Association.

Irritações e doenças de pele

Outro órgão que sofre com o estresse provocado pela pandemia é a pele, que passa a desenvolver inflamações como rosácea, eczema e psoríase, enfermidades que frequentemente consistem em quadros psicossomáticos. Lavar as mãos frequentemente – o que todos devemos fazer para evitar a disseminação do vírus – também pode deixá-las secas, mais propícias a rachaduras, conforme se observou em médicos da linha de frente, que lavam as mãos mais de 100 vezes por dia. 

Pés maiores

Isso não é cientificamente comprovado, mas muitos pacientes estão relatando dificuldades em calçar os mesmos sapatos que usavam antes da pandemia. Como se, por ficarem tanto tempo fora de calçados mais justos, seus pés tivessem se expandido durante a pandemia. Profissionais ainda trabalham com diferentes hipóteses, como que os calçados seriam sempre apertados, mas só agora, perante a falta de hábito, as pessoas estariam notando o incômodo. Problemas nas articulações e rompimento de tendões na região dos tornozelos também tornaram-se mais frequentes após a pandemia. 

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