O pe. Zezinho publicou uma reflexão em sua rede social a respeito da complexa situação que experimentamos “quando alguém vai embora de nós”… O sacerdote recorda que o próprio Jesus viveu a experiência de ver pessoas próximas se afastarem – e, no entanto, respeitou a liberdade delas e jamais obrigou ninguém a se manter por perto a contragosto.
Eis o que o padre escreveu:
“Acontece nas igrejas, nas famílias, com pais e filhos, no casamento, no sacerdócio, nas comunidades religiosas, nos clubes esportivos, nas amizades… Vão embora, às vezes sem se despedir.
Os motivos são muitos. O fato é que não estão contentes. Buscam outros espaços, outros amigos ou outros credos. Se estivessem felizes não iriam embora!
Então não podemos julgar. Jesus passou por isto: Jo 6, 64-67. Alguns seguidores foram embora de Jesus e Ele deixou-os ir! O encantamento acabara. Talvez outro encantamento os satisfizesse. Não sabemos o resultado. João não conta o que houve com eles depois que foram embora de Jesus.
Jesus perguntou aos que ficaram se também queriam ir. Tinham aderido, mas poderiam ir embora para aderir a outros mestres ou amigos. Jesus não forçava ninguém! Propunha e deixava a liberdade de dizer sim ou não”.
Quando alguém vai embora de nós…
O padre prosseguiu:
“A moral da estória sempre foi a mesma. Jesus nunca prometeu sucesso ou tapinhas nas costas o tempo todo. Disse que haveria as cruzes do cotidiano. Seriam contrariados muitas vezes porque pregador da fé nem sempre é bem recebido. Sempre haverá oposição. Aconteceu com Jesus e com todos os pregadores depois dele. Ir embora porque não vale a pena é sempre uma decisão controversa.
Quem vai embora sabe por que vai. Quem fica também sabe por que fica, sempre sabendo que Jesus e a Igreja não forçam ninguém a ficar! Nem podem fazer isto. Não seria fraterno, nem cristão”.
Por fim, o pe. Zezinho perguntou aos leitores:
“Você já foi embora de alguém? Alguém já foi embora de você? Como você reagiu? O fato é real. Só Deus pode saber o porquê das escolhas de cada filho ou filha”.