Pesquisadores de Israel informaram nesta semana a descoberta de objetos arqueológicos em escavações subaquáticas no mar Mediterrâneo. Entre as peças encontradas, destaca-se um anel cristão de ouro que contém uma imagem do Bom Pastor, figura que remete a Jesus Cristo.
O anel esteve submerso durante mais de 1.700 anos, tratando-se, portanto, de uma joia dos primórdios do cristianismo.
A figura do Bom Pastor trajando túnica e carregando nos ombros uma ovelha é uma alegoria de Cristo muito difundida na arte cristã primitiva, embora não seja comum encontrá-la em anéis. Segundo a arqueóloga Helena Sokolov, o cristianismo na época estava se desenvolvendo consistentemente em cidades costeiras e comerciais como Cesareia, um importante porto regional no século III.
Foi justamente na região da antiga Cesareia, entre as atuais cidades israelenses de Haifa e Tel Aviv, que naufragaram os dois navios nos quais foram achados o anel e os demais objetos arqueológicos recém-encontrados. Segundo a Autoridade Israelense de Antiguidades (AIA), da qual Helena Sokolov é chefe de conservação, um dos naufrágios aconteceu há 1.700 e o outro há cerca de 600 anos. O anel cristão foi encontrado entre os destroços do mais antigo.
Testemunhos históricos da fé cristã
A descoberta de peças dessa antiguidade constitui um testemunho histórico ímpar da veracidade dos conteúdos da fé católica.
Também em Israel, perto da fronteira com o Egito, foi encontrada em janeiro uma pedra de 1.400 anos com uma inscrição mariana em grego antigo: “Abençoada Maria, que viveu uma vida imaculada“. Trata-se de um testemunho precioso de que, desde muitos séculos antes da proclamação do dogma da Imaculada Conceição de Maria, os cristãos já reconheciam e veneravam esta extraordinária característica da Santíssima Virgem.
