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Como evitar falar de política no Natal com a família 

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Drazen Zigic | Shutterstock

Octavio Messias - publicado em 24/12/21

É o tipo de tema que tem o potencial de arruinar a boa convivência e o clima de celebração de toda a família

Em meio ao clima de polarização atual, falar sobre política pode gerar discussões infrutíferas. Mais do que isso, é o tipo de tema que tem o potencial de arruinar a boa convivência e o clima de celebração de toda a família, tem o potencial de arruinar uma confraternização de Natal. 

“No mundo de hoje uma parte da política, da sociedade e da mídia está determinada a criar inimigos para depois derrotá-lo em um jogo de poder. Por isso, é necessário construir a amizade social tão necessária a uma boa convivência”, amizade essa que pode servir de ponte para continuar a criar uma cultura do encontro, que nos aproxime”, disse Papa Francisco, em sua intenção de oração por meio da Rede Mundial de Oração do Papa de julho deste ano. 

“O diálogo social autêntico pressupõe a capacidade de respeitar o ponto de vista do outro, aceitando a possibilidade de conter certas convicções ou interesses legítimos”, acrescentou o pontífice, destacando o diálogo como a grande oportunidade “de olhar a realidade de uma maneira nova, de viver com entusiasmo os desafios da construção do bem comum”

Oportunidade muito aguardada 

Para muitas famílias, este será o primeiro Natal celebrado junto em dois anos. Depois de longos períodos de distanciamentos e, para muitos, de isolamento, esta é uma oportunidade muito valiosa para matar as saudades, fortalecer os vínculos e comungar do amor de Deus no seio da família cristã. 

O primeiro passo para evitar que política se torne pauta é não tocar no assunto. Além do mais, existem tantas coisas sobre as quais conversar: a vida profissional, a vida em família, a vida durante a pandemia… Todos com potencial bem menos destrutivos para a convivência familiar. 

E se o assunto for levantado por outras pessoas, você pode educadamente sugerir que falem de outra coisa. Inclusive, este pode ser um pacto da família ao início da confraternização: não falar sobre política. 

Livre-arbítrio

Existe um antigo ensinamento dos orientais que defende que nós somos incapazes de mudar o outro. Temos o poder de mudar a nós mesmos; e o outro, se inspirado sentir-se, também mudará. O que condiz com a noção de livre-arbítrio da Bíblia, sobre como somos responsáveis por nossas ações.

Pense bem, ninguém nunca mudou de opinião porque o outro falou para ele mudar. Pode haver uma construtiva e respeitosa troca de ideias, a partir da qual um pode levar em consideração os argumentos do outro para, por vontade própria, mudar um determinado posicionamento, político ou não. 

Acontece que vivemos um momento de extremismo em muitos países, o que tem como consequência o encerramento do diálogo. As réplicas tornam-se ofensas, as diferenças, provocações, e assim, sentindo-se acuado pelo ódio, ninguém muda de convicção sobre nada. 

Se for inevitável falar sobre política, opte pelo diálogo, exercendo a escuta ativa, e não pela agressão. 

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