Recentemente, o apresentador de TV Marcos Mion caminhou 110 quilômetros até o Santuário Nacional de Aparecida. O objetivo da peregrinação foi pagar uma promessa que ele tinha feito a Nossa Senhora Aparecida para conseguir um trabalho na Rede Globo.
Nas redes sociais, a peregrinação recebeu elogios de muitos fãs. Outros, entretanto, criticaram a forma de agradecimento, alegando que Deus não nos pede para fazer promessas.
Mas, a final, o que a Igreja Católica nos diz sobre as promessas ou ex-votos?
O Catecismo da Igreja Católica (§ 2101) diz:
Devemos fazer promessas?
De fato, as promessas são muito tradicionais e presentes na vida dos católicos. Constituem formas de agradecimento por um favor obtido. Mas, de acordo com o Pe. Reginaldo Manzotti, Deus não nos pede isso. "Deus não pede promessa. Somos nós que fazemos. Porque a aliança dele já foi estabelecida no Cristo. E essa é imutável. Deus não está pedido para você fazer promessa. Mas se fizer, cumpra. Lembrando que somos nós que nos esforçamos para obter os nossos pedidos", explica o sacerdote.
Promessa não é barganha
Ainda de acordo com o padre, promessa não é barganha, mas existe um sentido lógico nesta intenção:
E se você não pagar a promessa?
Há pessoas que exageram em suas promessas e não conseguem cumpri-las. O que acontece nestes casos? Será que a graça é cancelada? Haverá alguma punição?
O Pe. Luiz Camilo Júnior explica que "Deus nos abençoa porque Ele nos ama, não em decorrência daquilo que a Ele prometemos... Portanto, se você fez uma promessa e não está conseguindo pagá-la, procure um sacerdote. Ele te dará um outro gesto que você poderá fazer para expressar a sua gratidão a Deus pela bênção alcançada".