A Cáritas Internacional, confederação de organizações humanitárias da Igreja Católica, está amplificando o apelo por uma imediata ação da comunidade internacional em favor do Afeganistão, cuja população está sofrendo em níveis alarmantes o colapso da economia desde a retomada do poder pelo bando fanático Talibã, no final de agosto.
Em comunicado, a Cáritas pede "aos decisores que tomem todas as medidas necessárias para garantir o acesso humanitário à população necessitada, acesso que não pode ser obtido a menos que todos os membros do Conselho de Segurança falem numa só voz em apoio às necessidades humanitárias votando por esta exceção".
A pior crise humanitária do mundo hoje
O Afeganistão "atravessa a pior crise humanitária dos nossos dias", declara a Cáritas Internacional. O cenário caótico em decorrência das guerras e violência internas se junta ao impacto da covid-19 e à ruína das instituições que já eram frágeis antes mesmo da segunda ascensão dos talibãs ao poder em Cabul.
O comunicado observa que "em 2021 a violência se intensificou e espalhou por todo o país, forçando cerca de 650.000 afegãos a deixarem os seus campos e as suas cidades. O impacto do conflito sobre as mulheres e meninas tem sido particularmente devastador – 80% de todos os deslocados à força no Afeganistão são mulheres e crianças. Hoje, milhões de vidas estão em perigo".
Cáritas Internacional pede ação urgente
Destacando especialmente que "crianças e idosos estão morrendo de fome”, a Cáritas Internacional acrescenta que "o rigoroso inverno que se aproxima" piora em muito os já altos riscos de vida "de milhões de afegãos". E exorta: "Se não se agir agora, há um risco real de fome no próximo ano. Mais de um milhão de crianças correm o risco de morrer".
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