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João Paulo II nos ensina a fazer uma avaliação do ano que está terminando

John Paul II

DERRICK CEYRAC | AFP

Philip Kosloski - publicado em 30/12/21

Como tratamos a família e o amor conjugal neste ano? João Paulo II nos convida a refletir sobre isso

É costume comum as pessoas avaliarem sua vida sempre no fim de cada ano civil. Fazemos isso para lembrar as muitas coisas boas que aconteceram conosco nos últimos 12 meses, bem como todas as lutas que enfrentamos.

Para São João Paulo II, essa avaliação deve ser feita à luz da família, tanto a nossa própria família como a “família humana” em geral. Ele explica esse tipo de olhar crítico em sua primeira homilia no Te Deum como Papa, em 1978.

Promover a fraternidade na “família humana”

“Este domingo é também o último dia do ano de 1978. Reunimo-nos aqui, nesta liturgia, para dar graças a Deus por todo o bem que Ele nos concedeu e permitiu que nós fizéssemos durante o ano passado, e para pedir o Seu perdão por tudo o que, sendo contrário ao bem, é também contrário à Sua santa Vontade. Permiti que, neste agradecimento e neste pedido de perdão, me sirva ainda do critério da família, desta vez porém, no sentido mais vasto. Deus é Pai, e por isso o critério de família tem esta dimensão; abrange todas as comunidades humanas, as sociedades, as Nações, os Países; abrange a Igreja e a humanidade.

Concluindo assim este ano, demos graças a Deus por tudo quanto contribui para que os homens — nas diversas esferas da existência terrena — se tornem ainda mais “família”, isto é, mais irmãos e mais irmãs, que têm em comum o único Pai. Ao mesmo tempo, peçamos perdão por tudo o que é contrário à comum fraternidade dos homens, por tudo o que destrói a unidade da família humana, por tudo o que a ameaça e se lhe opõe.”

Este tipo de avaliação examina criticamente nossas próprias vidas e serve para apontar como ajudamos a semear a fraternidade em nossa comunidade, ou se semeamos discórdia na família humana.

Protegendo a vida e o amor conjugal

Além da “família humana”, São João Paulo II também menciona nessa mesma homilia duas áreas que devemos examinar em nossas próprias vidas. Ele exorta todos a revisarem como você protegeu a vida e a santidade do amor conjugal:

“Para nos exprimirmos, porém, de modo conciso, dizemos tratar-se de dois valores fundamentais que rigorosamente entram no contexto daquilo que nós chamamos ‘amor conjugal’. O primeiro desses valores é o da pessoa que se exprime na fidelidade absoluta e recíproca até à morte: fidelidade do marido à esposa e da esposa ao marido. A consequência desta afirmação do valor da pessoa, que se exprime na recíproca relação entre marido e esposa, deve ser também o respeito pelo valor pessoal da nova vida, isto é, da criança, desde o primeiro momento da sua concepção.”

Então, que possamos olhar para a nossa própria vida e ver como temos apoiado a dignidade de cada pessoa humana, desde a sua concepção. Além disso, que possamos examinar como temos promovido o valor da fidelidade na vida conjugal, reconhecendo a importância da família e sua conexão com o tecido da sociedade.

Ao olharmos para o Ano Novo, vamos também olhar para trás e agradecer por muitas coisas, mas também pedir perdão a qualquer pessoa que tenhamos magoado.

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