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Previsões de ano novo? Ou escolhemos Cristo ou o mago, diz o Papa Francisco

Previsões de ano novo

© Syda Productions

Francisco Vêneto - publicado em 31/12/21

"Os únicos que obtêm algum benefício de tais adivinhações são os enganadores profissionais", afirma o exorcista pe. Fortea

A propósito das populares “previsões de ano novo”, o exorcista espanhol pe. José Antonio Fortea recorda aos católicos, em sua obra de referência “Summa Daemoniaca“, o fato de que “o futuro não pode ser conhecido nem mesmo mediante a invocação dos demônios” e, portanto, “muito menos com práticas de astrologia, cartomancia etc”.

Ele reitera que os próprios demônios “não sabem tudo, mas somente o que podem deduzir; eles não veem o futuro”. Desta forma, o sacerdote dá a entender que os seres humanos têm ainda menos possibilidade de fazer previsões do porvir, já que a nossa inteligência é muito mais limitada que a dos anjos, sejam eles bons ou caídos.

O futuro só é conhecido por Deus

Além disso, o padre exorcista acrescenta que, mesmo com “inteligência muito superior à humana”, os anjos caídos podem “deduzir por meio das suas causas algumas coisas que acontecerão no futuro”, mas não são capazes de prever com exatidão o que depende da liberdade humana, já que esta não é predeterminada.

Somente Deus tem a visão onisciente do todo. Como o tempo não existe para Deus, tudo o que fizemos ou viermos a fazer é sabido por Ele como “um eterno agora”, sem que isto em nada afete o nosso livre arbítrio: Deus sabe inclusive o que ainda iremos escolher, sem por isso nos induzir a qualquer escolha.

Previsões de ano novo

Partindo dessas premissas, o pe. José Antonio Fortea questiona a fundamentação das supostas “previsões de ano novo”: se nem mesmo os anjos, sejam eles maus ou bons, conseguem prever o futuro com precisão, de que maneira seriam previsíveis a um ser humano os episódios futuros da vida alheia?

O padre espanhol é duro nas palavras e afirma sem panos quentes: “Aqueles que praticam esses enganos são a prova viva de que, por esse meio, não é possível obter benefício algum. Os únicos que obtêm algum benefício de tais adivinhações são os enganadores profissionais, que são os primeiros a não acreditar nelas e que sabem dosar as suas ‘previsões’ para não serem desmascarados”.

O sacerdote recorda ainda que, segundo o Catecismo da Igreja Católica, “nenhum cristão, em nenhuma circunstância, deve consultar esse tipo de pessoas”, porque “a consulta a um mago, vidente ou guru constitui sempre um pecado grave”.

Papa Francisco: ou Cristo, ou o mago

O próprio Papa Francisco, em sua catequese semanal de 4 de dezembro de 2019, reforçou qual deve ser a atitude do cristão diante da adivinhação e de outras formas de magia que prometem supostas previsões do futuro:

“Se você escolhe a Cristo, não pode recorrer ao mago: a fé é o abandono confiante nas mãos de um Deus confiável, que se mostra não através de práticas ocultas, mas pela revelação e com amor gratuito (…) Se você acredita em Jesus Cristo, por que vai procurar o mago, a cartomante, todas essas pessoas? Por favor: a magia não é cristã! Essas coisas que são feitas para adivinhar o futuro ou adivinhar muitas coisas ou mudar as situações da vida não são cristãs. A graça de Cristo nos dá tudo: rezemos e confiemo-nos ao Senhor”.

A respeito de como a Igreja Católica diferencia entre adivinhações e profecias, não deixe de conferir o seguinte artigo:

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