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Papa defende vacina e diz que cuidar da saúde é obrigação moral

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Photo by Tiziana FABI / AFP

Octavio Messias - publicado em 11/01/22

Pontífice condena quem se deixa levar por informações sem fundamento e diz que pandemia exige "terapia de realidade"”

Em um encontro anual que ocorreu no Vaticano nesta segunda-feira (10) com diplomatas de quase 200 países, Papa Francisco, que está completamente imunizado contra a Covid-19, condenou a recusa de vacinação, que atribuiu à proliferação de informações sem fundamento ou de fake news. Ele criticou a “desinformação ideológica sem base”, uma vez que muitos apoiadores e representantes de movimentos políticos em todo o mundo tentam associar posicionamentos à imunização. E disse que pandemia exige o que classificou como “terapia de realidade”. 

“Lamentavelmente, estamos vendo cada vez mais que vivemos em um mundo de divisões ideológicas fortes. Frequentemente, as pessoas se deixam influenciar pela ideologia do momento, muitas vezes alimentadas por informações sem base ou fatos mal documentados”, declarou o Pontífice, pedindo que nos apoiemos na verdade e na ciência e que acreditemos somente na realidade quando o assunto é a pandemia de coronavírus.

Números recordes

Atualmente, por conta da variante Ômicron, os números de novos casos de Covid-19 no mundo estão batendo recordes dia após dia. Na segunda-feira, foram registrados 3,281 milhões de novas infecções. Antes do surgimento da nova cepa, o recorde de contágio havia sido em 23 abril do ano passado, com 899 mil novos casos. 

Entretanto, a taxa de mortalidade, hoje, é menor do que em qualquer outro momento crítico da pandemia. Enquanto em 23 de abril de 2021 foram registradas 15.302 mortes no mundo, o mesmo índice no último dia 10 foi de quase um terço, com 6.460 óbitos, enquanto o número de infectados é mais do que três vezes maior. O que só comprova a eficácia da vacina, que embora não impeça o contágio do vírus, diminui muito as chances de mortes ou complicações.   

Solução mais razoável

“Já entendemos que, nos países em que uma campanha eficiente de vacinação aconteceu, o risco de repercussões graves da doença caiu”, afirmou o Papa, que disse que cuidar da saúde é obrigação moral. “Por isso é importante continuar a iniciativa de imunizar a população geral o quanto for possível.”           

“Vacinas não são uma forma milagrosa de cura, mas com certeza representam, ao lado de outros tratamentos que precisam ser desenvolvidos, a solução mais razoável para a prevenção da doença”, acrescentou o Pontífice.

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