O pe. Gabriel Vila Verde alertou em sua rede social para o risco de se priorizarem ritos e símbolos mais do que a Deus: “muitos crucifixos no pescoço, pouca conversão”.
Ele escreveu, partindo da liturgia desta quinta-feira, 13 de janeiro:
“Na primeira leitura de hoje, vemos a dupla derrota de Israel perante os filisteus. Na primeira batalha, perderam feio. Na segunda, creram na vitória, pois mandaram buscar a Arca da Aliança que, até então, estava esquecida. Porém, perderam mais feio ainda, com o triplo de mortos!
Isso para dizer o seguinte: a Arca não era um talismã da sorte, mas um objeto de culto, de adoração a Deus. Os israelitas tinham abandonado o culto, pensando que a simples presença da Arca resolveria o problema”.
O padre então traçou um paralelo com posturas de pouca conversão que ocorrem hoje entre parte dos católicos:
“Assim acontece com a Igreja hoje: muitos sacrários, pouca adoração; muitos terços no braço, pouca oração; muitos crucifixos no pescoço, pouca conversão; muitos templos, pouco culto; muita pregação, pouco jejum!
Por isso tantos escândalos, tantas batalhas perdidas. Estamos imitando os israelitas, confiando apenas na presença da Arca. Mas do que adianta ter a Arca se não adorar o Deus que nela mora?”