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Na festa do Apóstolo São Paulo, o aniversário da cidade de São Paulo: 468 anos

São Paulo

Pixabay, CC0, via Wikimedia Commons

Reportagem local - publicado em 24/01/22

25 de janeiro de 1554: um pequeno povoado em torno ao pátio de um colégio dos jesuítas

Celebra-se em 25 de janeiro o aniversário da cidade de São Paulo, que, em 2022, completa 468 anos desde a sua fundação em 1554, quando era apenas um pequeno povoado em torno ao pátio de um colégio dos jesuítas.

O nome do povoado foi dado em homenagem ao santo que a liturgia católica celebra em 25 de janeiro: ninguém menos que o gigantesco Apóstolo São Paulo, que, de feroz perseguidor dos cristãos, se tornou um dos mais fervorosos propagadores da fé em Cristo.

Antes de falar da cidade de São Paulo, é preciso falar da vila criada pouco antes em homenagem a outro santo: São Vicente, a primeira vila brasileira, fundada no litoral paulista em 1532 por Martim Afonso de Sousa. Na ocasião, fazia só 32 anos que Pedro Álvares Cabral tinha chegado à Bahia. Estava começando, na costa paulista, a criação de outras vilas, como Itanhaém e Santos.

Ainda iria demorar alguns anos até que a grande “muralha” representada pela Serra do Mar fosse vencida pelos colonizadores, mas, quando superaram aquela inóspita barreira natural, eles avançaram pelo planalto paulista e continuaram a estabelecer povoações. Foi o caso, em 1553, da vila de Santo André da Borda do Campo, no chamado “Caminho do Mar”, atual região do ABC Paulista. O fundador foi o explorador português João Ramalho, casado com a índia Bartira, filha do cacique Tibiriçá, chefe da tribo dos guaianases. A miscigenação já era um processo em plena ação desde os primórdios daquela que é hoje a mais cosmopolita das regiões metropolitanas do Brasil.

Naqueles mesmos anos, a Serra do Mar foi vencida por mais uma expedição, formada por um grupo de padres da Companhia de Jesus. Entre eles estavam São José de Anchieta e o então superior dos jesuítas no Brasil, o pe. Manoel da Nóbrega.

Pátio do Colégio
Pátio do Colégio, São Paulo

Chegados ao planalto de Piratininga, eles encontraram “ares frios e temperados como os de Espanha” e “uma terra mui sadia, fresca e de boas águas”. O local era adequado para o seu propósito de catequizar os indígenas longe da influência dos homens brancos. Em 29 de agosto de 1553, o pe. Nóbrega começou a catequizar um grupo de cinquenta nativos, fato que aumentou a necessidade de fundar o primeiro colégio jesuíta no Brasil, numa região que facilitasse as condições para a alimentação dos indígenas. A localização perfeita foi encontrada numa colina alta e plana, cercada por dois rios: o Tamanduateí e o Anhangabaú.

Manoel da Nóbrega e José de Anchieta celebraram então a primeira missa no local de fundação do Colégio São Paulo de Piratininga, a instituição que daria origem a um pequeno povoado ao seu redor. O Pátio do Colégio é hoje um local histórico bem preservado na região central de uma das maiores megalópoles do planeta.

Era 25 de janeiro de 1554, festa da conversão de São Paulo Apóstolo – e, desde então, também a festa de aniversário da cidade de São Paulo.

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