O Papa Francisco afirmou que "estamos a perder a capacidade de ouvir a pessoa que temos à nossa frente, tanto na teia normal das relações quotidianas como nos debates sobre os assuntos mais importantes da convivência civil".
Em sua mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, divulgada hoje, o Papa disse que "a partir das páginas bíblicas aprendemos que a escuta não significa apenas uma perceção acústica, mas está essencialmente ligada à relação dialogal entre Deus e a humanidade".
Estilo de Deus
Segundo o Papa, a escuta corresponde ao estilo humilde de Deus. "Ela permite a Deus revelar-Se como Aquele que, falando, cria o homem à sua imagem e, ouvindo-o, reconhece-o como seu interlocutor. Deus ama o homem: por isso lhe dirige a Palavra, por isso «inclina o ouvido» para o escutar".
Colocar-se à escuta
Assim temos – prosseguiu o Papa –, por um lado, Deus que sempre Se revela comunicando-Se livremente, e, por outro, o homem, a quem é pedido para sintonizar-se, colocar-se à escuta.
Surdez interior
Nesse sentido, o Papa alertou para o problema da "surdez interior".