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Líder protestante defende Bento XVI, vítima de ataques da mídia

Bento XVI

Shutterstock | Giulio Napolitano

Francisco Vêneto - publicado em 26/01/22

Bento XVI está sendo acusado de omissão e conivência com casos de abusos sexuais cometidos por padres

O Papa Emérito Bento XVI está sendo alvo, mais uma vez, de uma intensa campanha midiática voltada a lhe atribuir responsabilidades de conivência e omissão perante casos de abuso sexual perpetrados por clérigos sob sua autoridade quando era arcebispo de Munique-Freising, na Alemanha.

Bento XVI foi citado no extensíssimo relatório elaborado pelo escritório alemão de advocacia Westpfahl Spilker Wastl sobre abusos ocorridos naquela arquidiocese entre 1945 e 2019 – o período inclui, portanto, também os anos de 1977 a 1982, quando Joseph Ratzinger era o arcebispo. Segundo o relatório, o futuro Papa teria conduzido de forma inadequada quatro casos de abusos sexuais cometidos por sacerdotes.

Bento havia declarado nunca ter participado de nenhuma reunião de avaliação de acolhimento de um padre pedófilo na arquidiocese, e, diante de questionamentos apresentados pelo escritório Westpfahl Spilker Wastl, esclareceu, por meio do seu secretário pessoal, mons. Georg Gänswein, que esteve presente numa reunião de 15 de janeiro de 1980 durante a qual foi aceita a solicitação de um padre de “ser acomodado em Munique durante o seu tratamento terapêutico”. Durante tal reunião, de fato, não foi tomada nenhuma decisão sobre a vinculação do referido padre em atividades pastorais da arquidiocese.

A assim chamada “grande mídia”, porém, resolveu lançar manchetes sensacionalistas do tipo “Bento XVI se retrata”, quando na verdade ele confirmou não designado padre pedófilo algum para cargos pastorais.

Ratzinger foi, isto sim, e desde muito antes de ser eleito Papa, um dos primeiros combatentes dos abusos sexuais por parte de clérigos e dos seus acobertamentos por parte de autoridades eclesiásticas. Após se tornar pontífice, ele intensificou as reformas disciplinares da Igreja para impedir tais abusos e seus encobrimentos.

A postura de Bento XVI é reconhecida inclusive por líderes protestantes como Roger Köppel, que está defendendo o Papa Emérito das acusações orquestradas que novamente tentam manchá-lo. Segundo informações do portal Infocatolica, Köppel declarou em seu programa Weltwoche Daily: “Os ataques contra Bento XVI têm uma conotação política muito forte. Há pessoas que estão tentando culpar o Papa Bento XVI por algum tipo de cumplicidade em casos de abusos na Igreja Católica”.

Köppel declarou considerar as acusações “absurdas” e motivadas pela intenção de desacreditar moralmente o Papa Emérito. O líder protestante acrescentou:

“Mesmo protestante, estou do lado de Bento. As igrejas têm uma tarefa muito importante: resistir ao zeitgeist (espírito do tempo). As igrejas não são zeitgeist; elas devem ater-se ao que está escrito na Bíblia”.

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