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“A fé da Igreja & Sentir com a Igreja”

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Sondem /Shutterstock

Vanderlei de Lima - publicado em 06/02/22

“Cremos que a confusão moderna a respeito da fé e da moral cristãs – cuja magnitude e gravidade seria inútil dissimular – não se resolverá com base na doutrina dos teólogos modernos"

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Eis, numa só obra, dois livros do Padre Antonio Royo Marín, afamado teólogo dominicano espanhol: “A fé da Igreja” e “Sentir com a Igreja”. Foi publicada pela Editora Ecclesiae, de Campinas, e já está na merecida segunda edição.

Logo na página 13, o autor nos explica como é seu trabalho: “Escrevemos uma obra dividida em duas partes fundamentais. Na primeira, abordamos o que poderíamos chamar de teologia da fé. Na segunda, reunimos um amplíssimo resumo da doutrina oficial da Igreja através dos séculos, a qual explica por si só o título e o subtítulo de toda a obra”. E complementa na página 15: “Limitamo-nos única e exclusivamente a expor de uma maneira sistemática e ordenada a doutrina oficial da Igreja através dos Concílios e dos Papas, desde os tempos apostólicos até o Concílio Vaticano II e os ensinamentos de Paulo VI e João Paulo II. Desta maneira, o leitor cristão pode saber com toda segurança e certeza, sem medo algum de equivocar-se, a que deve ater-se em matéria de fé e moralidade cristãs. Porque, embora seja evidente que nem todos os ensinamentos dos Concílios e dos Papas sejam dogmas de fé, todos são normas seguras e certas para que alguém não se desvie do caminho”.

Na página 14, dá a correta solução às crises de fé e moral: é o magistério da Igreja! Sim, Royo Marín escreve: “Cremos que a confusão moderna a respeito da fé e da moral cristãs – cuja magnitude e gravidade seria inútil dissimular – não se resolverá com base na doutrina dos teólogos modernos, por muito eminentes e famosos que sejam, nem tampouco com o recurso direto às fontes da divina revelação interpretadas pelo engenho ou ‘carisma pessoal’ de cada um (livre-exame protestante), mas com a aceitação plena, leal e sincera do Magistério Oficial da Igreja, no qual, em virtude da assistência divina prometida pelo próprio Cristo até o fim dos séculos (cf. Mc 16,19-20), não cabe o menor erro ou desvio na interpretação autêntica das verdades reveladas por Deus. A doutrina oficial da Igreja, através dos Concílios e dos Papas, foi, é e será sempre perfeitamente válida e segura, não importa quais sejam as vicissitudes e vaivéns do mundo que nos rodeia”. Todas as verdades de fé reveladas a nós – que não recebemos a revelação divina direta de Deus, tal qual os profetas e apóstolos –, precisam, como condição sine qual non, ser asseguradas, de modo infalível, pela Igreja (cf. Mt 28,20), que se vale, por sua vez, da confirmação pelo milagre e a profecia (cf. p. 54-60).

O teólogo espanhol faz ainda um oportuno alerta sobre as revelações particulares. Diz ele que “estão excluídas como objeto material da fé divina e católica as revelações privadas que algumas pessoas em particular podem receber (por exemplo, Santa Teresa), de forma que somente elas são obrigadas a crer com fé divina, caso tenham, em virtude da luz profética, certeza da origem divina das mesmas” (p. 62). E acrescenta em rodapé: “Muitos teólogos negam inclusive que mesmo estes que recebem a revelação privada devam crer nela com fé divina”.

Mais adiante, Royo Marín trata do pecado grave contra a obediência por parte de quem nega a autoridade da Igreja, especialmente a do Santo Padre, o Papa: “Aquele que recusa pertinazmente aceitar as proposições doutrinais que a Igreja apresenta como não reveladas não é propriamente herege, mas peca gravemente contra a obediência devida à autoridade da Igreja em doutrinas relacionadas com a fé e os costumes, embora não sejam expressamente reveladas” (p. 116; cf. p. 203-204). 

O teólogo lembra também que a Igreja condenou como heréticos alguns sistemas políticos, tais como o liberalismo absoluto, o comunismo, o socialismo e o nazismo (cf. p. 117), e se julga consolado com a possibilidade de salvação eterna das crianças mortas sem o batismo (cf. p. 273 e 17), conforme exposto no Catecismo da Igreja Católica n. 1261.

As pouquíssimas falhas de digitação – “compõese”, em vez de compõe-se (p. 304) ou “confirma-los”, quando o correto seria confirmá-los (p. 14), por exemplo –, passam quase despercebidas ante a magnitude da obra. Parabéns à Editora Ecclesiae!

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