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Equipe liderada por neurocientistas brasileiras faz descoberta promissora contra Alzheimer

Neurocientistas brasileiras fazem descoberta relevante sobre Alzheimer

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Francisco Vêneto - publicado em 09/02/22

A descoberta pode ajudar a desenvolver possíveis medicamentos para prolongar a saúde das células

Uma equipe liderada por neurocientistas brasileiras fez descobertas promissoras para o combate ao mal de Alzheimer: a pesquisa identificou uma proteína que funciona como um marcador do envelhecimento do cérebro, já que a sua quantidade vai sendo reduzida nas células nervosas à medida que envelhecemos. A descoberta ajuda a entender mudanças funcionais e, portanto, a desenvolver possíveis medicamentos para prolongar a saúde das células, evitando o Alzheimer.

Segundo o estudo, publicado na revista científica Aging Cell, a proteína em questão é a lamina-B1. A coordenadora da pesquisa, Flavia Alcântara Gomes, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ICB/UFRJ), comenta que a novidade do trabalho foi “encontrar um marcador que identifica as células envelhecidas no cérebro”.

A equipe coordenada pelas neurocientistas brasileiras analisou 16 amostras cerebrais de pessoas de meia idade e de 14 de idosos para investigar transformações nos astrócitos, células nervosas que dão sustentação e ajudam a controlar o funcionamento dos neurônios. A lamina-B1, por sua vez, ajuda a preservar o núcleo dos astrócitos, o que é necessário para que eles consigam cumprir a sua função. Por isso mesmo, a lamina-B1 “é um indicador de que os astrócitos estão envelhecidos”, explica Flávia.

Segundo a co-autora do estudo Isadora Matias, do mesmo laboratório, é preciso agora aprofundar os estudos sobre a possibilidade de interromper ou mesmo reverter o envelhecimento dos astrócitos, normalizando a concentração de lamina-B1. O processo de envelhecimento, no entanto, é complexo e envolve muitos outros fatores além da lamina-B1. “Mas já será muito importante usar o que aprendemos com essa proteína capaz de dar o sinal de alerta de envelhecimento precoce”, ressalta Isadora.

Várias pesquisas estão em andamento com a finalidade de retardar o envelhecimento – algumas alegam até mesmo buscar a “imortalidade humana“. Há sinais de alerta éticos a levar em conta:

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CiênciaSaúdeVida
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