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Já faz 17 anos da morte da Irmã Lúcia, vidente de Fátima

Irmã Lúcia, de Fátima, e o Papa São João Paulo II

Arturo Mari | AFP

Irmã Lúcia e o Papa São João Paulo II. Fátima, 13 de maio de 2000.

Reportagem local - publicado em 14/02/22

Ela foi a mais longeva das três crianças que viram Nossa Senhora: seus primos São Francisco e Santa Jacinta Marto faleceram ainda na infância

A morte da Irmã Lúcia, vidente de Fátima, completou 17 anos neste domingo, 13 de fevereiro: ela partiu para a Casa do Pai em 2005, menos de dois meses antes da morte do Papa São João Paulo II, que faleceria em 2 de abril.

A irmã Lúcia foi a mais longeva das três crianças que viram Nossa Senhora de Fátima: os outros dois videntes eram seus primos, os irmãozinhos São Francisco Marto e Santa Jacinta Marto, falecidos ainda crianças e já canonizados pelo Papa Francisco.

História de vida

Lúcia Rosa dos Santos nasceu em Aljustrel no dia 28 de março de 1907 e foi batizada dois dias depois.

Em 1915, conforme ela própria conta em suas Memórias, começou a ter visões de uma espécie de nuvem em forma humana, em três ocasiões, quando estava junto de algumas amigas.

Em 1916, Lúcia e os primos Francisco e Jacinta receberam as primeiras manifestações do Anjo de Portugal.

Em 13 de maio de 1917, começaram as aparições de Nossa Senhora aos três pastorinhos, que passaram a rezar o terço todos os dias e a oferecer sacrifícios pelos pecadores. Durante seis meses, todo dia 13, eles voltavam ao local das aparições, que se estenderam até 13 de outubro. As três crianças sofreram nesse período uma sobrecarga de questionamentos e acusações de falsidade, chegando até a serem presos apesar da idade. Eles, porém, jamais deixaram de reafirmar as mensagens recebidas de Nossa Senhora de Fátima.

Os 3 pastorinhos de Fátima

Depois da última aparição, a de 13 de outubro de 1917, Lúcia foi aconselhada pelo bispo de Leiria, dom José Alves Correia da Silva, a se retirar no Asilo de Vilar. Em 5 de janeiro de 1922, ela escreveu seu primeiro relato das aparições. Em 8 de julho de 1924, foi oficialmente interrogada pela Comissão Canônica Diocesana nomeada por dom José Alves para investigar os relatos das aparições de Fátima.

Em 1925, Lúcia entrou na congregação de Santa Doroteia, na Espanha, e, anos depois, em 1948, ingressou no Carmelo de Coimbra para se tornar freira de clausura e se dedicar ainda mais profundamente à oração e ao sacrifício. Foi quando tomou o nome religioso de Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado. Ela permaneceu no carmelo até falecer, em 13 de fevereiro de 2005. Seus restos mortais estão sepultados na Basílica de Nossa Senhora do Rosário, no Santuário de Fátima.

Processo de beatificação e canonização

Quase três anos depois da morte da irmã Lúcia, em 3 de fevereiro de 2008, o cardeal José Saraiva Martins, então prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, anunciou para o caso da Irmã Lúcia a dispensa do período canônico de espera de 5 anos para a abertura do processo de beatificação, com autorização do Papa Bento XVI.

A fase diocesana do processo foi aberta em 30 de abril daquele mesmo ano e encerrada em 13 de fevereiro de 2017, transferindo-se então a continuidade à direta competência da Santa Sé.

Segundo a vice-postuladora da causa de beatificação, irmã Ângela Coelho, o processo ficou “mais lentificado” devido à pandemia. Ela explicou à Agência Ecclesia, de Portugal, ainda em fevereiro passado, que as restrições às viagens até Roma impuseram outro ritmo aos trabalhos, que exigem “paciência” e “rigor”. Por outro lado, a religiosa testemunhou têm chegado “muitas comunicações de graças”.

Atualmente, a irmã Lúcia é venerada como Serva de Deus.

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