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Ex-prior acusado de abusos sexuais contra monges vira réu em MG

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ChiccoDodiFC | Shutterstock

Reportagem local - publicado em 15/02/22

O ex-superior do mosteiro foi acusado de abusos contra ao menos oito monges no período de 2011 a 2018

Ernani Maia dos Reis, ex-prior acusado de abusos sexuais contra monges, virou réu e, se condenado, poderá sofrer uma pena de 2 a 6 anos de reclusão pelos crimes que, segundo a acusação, teria cometido entre 2011 e 2018. Foram identificadas oito vítimas, que têm de 20 a 40 anos de idade, todas do sexo masculino. O ex-prior também é acusado de assédio moral contra mais onze pessoas, das quais dez são mulheres.

A denúncia contra Ernani por violência sexual e assédio moral e sexual foi aceita pela Justiça de Minas Gerais por decisão do juiz Roberto Troster Rodrigues Alves, da comarca de Monte Sião. Situava-se naquela cidade o mosteiro Santíssima Trindade, no qual teriam sido perpetrados os crimes atribuídos a Ernani. De acordo com o chanceler arquidiocesano de Pouso Alegre, MG, pe. Jésus Andrade Guimarães, o mosteiro da Santíssima Trindade foi extinto. Dos seus antigos monges, alguns deixaram a comunidade e outros deram início a uma nova fundação, a Associação Comunidade Santíssima Trindade.

Ernani Maia dos Reis já tinha se afastado da comunidade em 2018. Segundo o arcebispo de Pouso Alegre, dom José Luiz Majella Delgado, o ex-prior solicitou a formalização da sua renúncia ao sacerdócio católico, pedido acatado pelo Papa Francisco em outubro de 2021.

Em depoimento de 7 de dezembro de 2021 ao delegado Daniel Leme Amaral, de Monte Sião, o ex-prior afirmou que as relações sexuais que manteve foram consentidas e não configurariam abuso, além de dizer-se “surpreso” com as acusações, as quais ele nega.

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