Esta passagem está narrada no Evangelho de São Lucas (10, 38-4). Ao entrar na casa das irmãs em Betânia, Maria sentou-se aos pés de Jesus para ouvi-Lo. Enquanto isso, Marta, atarefada e preocupada perguntou a Jesus: “Não te importas que minha irmã me deixe só a servir?” (v. 40). Diante disso, Ele respondeu: “Marta, Marta andas muito inquieta e te preocupas com muitas coisas; no entanto, uma só coisa é necessária; Maria escolheu a boa parte, que não lhe será tirada” (v. 41-42).
Será que Jesus pediu que todos deixassem suas tarefas diárias para escutá-Lo? Certamente não é isso, mas sim ter confiança em Suas Palavras.
No mundo, temos muitas obrigações, muitas atividades e, se não soubermos administrá-las, vamos nos sufocando com tantos compromissos e, por fim, acabamos deixando de lado o mais importante, que é a presença de Deus em nossas vidas.
A riqueza está no céu
Quando nos preocupamos demais com as coisas materiais, esquecemos que nossa verdadeira riqueza está no céu, e que temos um Pai bondoso e misericordioso que cuida de nós.
E esta passagem do Evangelho foi muito bem explicada pelo cardeal português José Tolentino de Mendonça. Em um dos trechos da reflexão, ele fala que muitas vezes caímos na armadilha da angústia e nos sentimos impotentes e dominados pelo medo. O cardeal ensina que nesta hora devemos recorrer a Jesus:
“Ajuda-nos, Senhor, nesta hora abrupta, a ter a sabedoria de perguntar ‘qual é a coisa necessária’ e concentrar aí a nossa inteligência, o nosso labor e o nosso coração.”
Exemplo a seguir
E assim, iluminado pela luz do Espírito Santo, possamos discernir qual caminho devemos seguir para fazer aquilo que é necessário para cumprirmos, diante de Deus e dos nossos irmãos, a nossa missão.
E o cardeal nos fala que devemos seguir o exemplo de Nossa Senhora, mãe de Deus e nossa intercessora, modelo de fé de todos nós: “E ajuda-nos, como Nossa Senhora, a confiar. A confiar, como Ela o fez, não só nas metas consideradas possíveis, mas até naquilo que nós, nos momentos de maior desânimo, dúvida ou cansaço, formos tentados a declarar como impossível”.
Ajuda-nos, Senhor, a descobrir o que é necessário e poder assim contribuir com a construção do teu Reino.
