A temida guerra na Ucrânia entre as forças invasoras da Rússia e as tropas locais de defesa começou na manhã desta quinta-feira, 24 de fevereiro, pelo horário local - ainda era noite de quarta no Brasil.
O presidente Vladimir Putin declarou que o ataque russo visa proteger os separatistas das províncias ucranianas orientais de Luhansk e Donetsk, cuja proclamação de independência foi reconhecida por Moscou nesta semana. Entretanto, já foram registradas explosões e movimentações militares também em outras regiões da Ucrânia, incluindo a capital, Kiev, que já vive uma onda de pânico e grandes engarrafamentos pela tentativa de fuga de milhares de seus habitantes. O comando militar da Ucrânia confirmou que país está sofrendo ataques por mísseis. Putin afirmou que quem tentar interferir "sofrerá consequências nunca vistas".
Igreja se prepara
Ainda nesta segunda-feira, 21 de fevereiro, o arcebispo metropolitano católico latino Mieczyslaw Mokrzycki, de Lviv, na Ucrânia, declarou que a Igreja está preparada para abrigar pessoas em seus templos, fornecer comida e água e cuidar de feridos.
Mokrzycki estava em visita à sede da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) em Königstein, na Alemanha, onde afirmou que a Igreja Católica na Ucrânia ainda mantinha a esperança em negociações de paz e soluções diplomáticas para a crise entre o país e a Rússia.
Última palavra é de Deus
O arcebispo acrescentou que a última palavra no conflito é de Deus:
Ações de ajuda à população nas igrejas católicas
Embora não tivessem começado até então os ataques quando Mokrzycki fez essas declarações, havia ações militares em franco andamento e era iminente o início do conflito. Ele próprio confirmou, ainda na segunda-feira, que já havia refugiados ucranianos no oeste do país e que a Igreja havia alugado algumas casas vazias para acomodá-los.
Esperanças e orações
Mesmo com a iminência da guerra, o arcebispo católico latino de Lviv reforçava as esperanças de um compromisso diplomático:
Mokrzycki agradeceu vivamente a solidariedade internacional para com os ucranianos: