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Câncer, Medicina e Fé

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Photographee.eu | Shutterstock

Vanderlei de Lima - Igor Precinoti - publicado em 25/02/22

Apesar de o câncer ser uma doença grave, atualmente o avanço da ciência vem trazendo esperanças e muitos pacientes conseguem encontrar a cura

Tal qual uma casa é constituída por tijolos, o corpo humano é composto por células, porém, diferentemente das casas, a maravilhosa máquina humana é capaz de crescer, se desenvolver e se renovar por meio da capacidade multiplicativa das células.

À medida em que as células vão envelhecendo ou perdendo suas funções, outras passam a se dividir para substituir ou complementar as antigas. Tudo isso é controlado por nossos genes (cf. o artigo: “A genética e o monge”).

Entretanto, se algum problema acontecer com nossos genes, esse controle é perdido, e as células passam a se multiplicar de forma descontrolada, formando uma massa celular (também chamado de tumor ou neoplasia). Tal descontrole na divisão das células é o que caracteriza o câncer.

Tratar rapidamente

Algumas vezes, o crescimento das células é tão rápido e descontrolado que o câncer passa a ser denominado “neoplasia maligna”. Estes casos devem ser tratados rapidamente, pois constituem um risco à vida do paciente. Quando pequenas partes desse tumor caem na corrente sanguínea podem atingir outras localidades do corpo. A essa multiplicação e disseminação do câncer dá-se o nome de “metástase”. Entretanto, quando o tumor tem crescimento lento, é pouco agressivo e não se dissemina para outras partes do corpo, é denominada “neoplasia benigna”.

Diversas substâncias e produtos químicos podem contribuir para o descontrole genético que gera o câncer, como, por exemplo, o fumo, os agrotóxicos, a radiação solar etc. Infelizmente algumas pessoas, mesmo se afastando de todos esses fatores, podem adquirir uma neoplasia. Isso ocorre devido ao próprio envelhecimento das células ou por mutações nos genes que podem acontecer espontaneamente ou por herança genética.

Avanço da ciência

Apesar de o câncer ser uma doença grave, atualmente o avanço da ciência vem trazendo esperanças e muitos pacientes conseguem encontrar a cura. Seu tratamento se baseia em medicamentos que impedem a divisão desorganizada ou que, literalmente, matam as células. Essa terapêutica medicamentosa é chamada de quimioterapia. Infelizmente, em alguns indivíduos, ela também impede o crescimento ou destrói as células saudáveis, e, por isso, podem acontecer alguns efeitos desagradáveis como queda de cabelos e mal-estar.

Outra arma que a Medicina possui no combate ao câncer é chamada de radioterapia. Consiste em utilizar uma radiação para tentar “queimar” o tumor: o paciente é colocado em uma máquina que envia quantidades controladas de radiação exatamente no local da doença. Como todos sabem, o “câncer” carrega uma triste e pesada carga emocional, devido à sua agressividade, ao seu tratamento difícil e ao risco de levar o paciente a morte.

Conforto emocional e espiritual

A esses pacientes, que lutam contra essa terrível doença, a Igreja sempre busca se fazer presente, oferecendo conforto emocional e espiritual. A presença de Deus é importante em cada momento da vida, mas, de modo especial nos mais difíceis como é o caso de uma doença grave. Importa ao (à) paciente que deseja e tenha condições se confessar, receber a Unção dos Enfermos – que cura a alma e também o corpo, se assim for da vontade de Deus –, bem como a Comunhão Eucarística.

Mais: atualmente, estudos científicos estão demonstrando também que a função religiosa na luta contra o câncer (e demais doenças) extrapolou o âmbito espiritual. Diversos trabalhos publicados comprovam a ação da fé e da religião na melhoria da qualidade de vida e das condições gerais de saúde do paciente. Tantas foram as publicações que, em 2012, pesquisadores da Duke University Medical Center, nos EUA, encontraram ao menos 29 estudos e publicações de diversos centros de pesquisas que examinavam a relação benéfica entre a religião e o tratamento do câncer. Destes, 16 estudos comprovaram que os indivíduos mais religiosos tinham menos chances de desenvolver a doença, ou, quando desenvolviam, possuíam melhores condições de cura.

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