Após a invasão das tropas russas na Ucrânia, as reações cristãs surgiram de todo o mundo.
A Conferência Episcopal Católica ucraniana enviou uma mensagem aos fiéis, convidando-os a rezar pelos “líderes de nosso Estado, por nosso exército”, bem como “por aqueles que iniciaram a guerra e ficaram cegos pela agressão.”
Os bispos do país atacado pediram aos fiéis que não cedessem ao “ódio e à raiva”. Mas, eles exortaram, “estejamos prontos para defender nossa pátria de acordo com nossas habilidades e responsabilidades, no exército ou em nossos locais de trabalho, em hospitais”, ou através de qualquer apoio material ou espiritual.
Patriarca Cirilo I de Moscou pede paz
“Peço a toda a Igreja Ortodoxa Russa que faça uma oração profunda e fervorosa pela rápida restauração da paz”, disse o chefe da Igreja Ortodoxa Russa em um comunicado divulgado na tarde de 24 de fevereiro no site do patriarcado.
“Como patriarca de toda a Rússia e primaz desta Igreja, cujo rebanho está na Rússia, Ucrânia e outros países, me solidarizo profundamente com todos aqueles que foram afetados pelo infortúnio”, confidenciou, chamando os envolvidos no conflito a “fazer todo o possível para evitar baixas civis”. O patriarca também pediu a todos os membros de sua Igreja que prestem assistência às vítimas e refugiados.
“Os povos russo e ucraniano têm uma história comum de séculos que remonta ao batismo da Rússia”, explicou ele, esperando que essa história “ajude a superar as divisões e contradições que levaram ao conflito atual”.
Forte condenação do Patriarca de Constantinopla
O Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, condenou fortemente “a invasão russa” em um comunicado emitido pelo Patriarcado.
Dizendo que estava “chocado”, o homem de 81 anos telefonou para o chefe da Igreja Ortodoxa Ucraniana pela manhã para expressar sua dor pela “flagrante violação de qualquer noção de direito internacional”.
O líder ortodoxo disse que rezou a Deus para “iluminar os líderes da Federação Russa” para que eles entendessem as “consequências trágicas” de suas decisões, o que poderia desencadear um conflito militar global.
O secretário de Estado do Papa
O cardeal Pietro Parolin divulgou uma mensagem em vários idiomas, pedindo paz e exortando os fiéis a não perderem a esperança.
Ele ecoou o apelo do Santo Padre para fazer da Quarta-feira de Cinzas, no próximo dia 2 de março, um dia de jejum e oração pela intenção de paz na Ucrânia. O cardeal também afirmou:
“Nós, fiéis, não perdemos a esperança num vislumbre de consciência daqueles que têm o destino do mundo em suas mãos.”
Enquanto isso, cerca de 60 bispos católicos reunidos em Florença para uma cúpula sobre o Mediterrâneo, abandonaram as discussões da reunião e foram à Adoração Eucarística para rezar pela paz.
O Conselho Mundial de Igrejas pediu “o fim imediato das atuais hostilidades armadas e a proteção de todas as vidas humanas e comunidades ameaçadas por essa violência. Insistiu no “respeito pelas fronteiras nacionais estabelecidas”.
