Um padre está trabalhando como bombeiro voluntário em Petrópolis para ajudar nas buscas aos desaparecidos, que ainda são mais de 40 pessoas. O número de mortos, tragicamente, já ultrapassou a triste marca de duzentos.
O pe. Sebastião Reis, que tem mais de vinte anos de sacerdócio, é administrador paroquial em São Gonçalo, RJ, e, portanto, faz parte da arquidiocese de Niterói.
Seu desejo de atuar como bombeiro voluntário veio de um curso de primeiros socorros que o inspirou a "qualificar-se na medida em que as oportunidades vinham". Essa qualificação lhe permite agora a possibilidade de ajudar o próximo em momentos de excepcional necessidade, razão pela qual ele aponta uma grande semelhança entre a vocação sacerdotal e a missão do bombeiro: justamente "o próximo". Além disso, ele considera que, "de certa forma, fazemos um juramento de não nos omitirmos na hora em que o sinistro acontece".
Quando se disponibilizou a ajudar nos socorros em Petrópolis, o sacerdote encontrou, segundo suas próprias palavras, "um cenário de total destruição: Petrópolis mais parece uma cidade bombardeada. A cidade está triste. É de cortar o coração".
Em declarações recolhidas pelo portal Vatican News, o pe. Sebastião relata que, além da ação voluntária como bombeiro, continua, naturalmente, exercendo o ministério sacerdotal "pelas orações silenciosas durante o caminho pela cidade, clamando ao bom Deus por todos"; "pela celebração da Santa Missa"; "ouvindo os petropolitanos e os aconselhando"; e "só pelo fato de estar aqui nestes locais", porque isto é "uma prova de unidade na dor, pelo amor; afinal, quem ama mais, sofre mais".
Nem todos os outros voluntários e bombeiros sabem que ele é padre, mas os que sabem o tratam com respeito, conta o próprio sacerdote, que reflete:
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