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Joe Biden evita responder por que apoia aborto apesar de ser católico

JOE BIDEN
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Francisco Vêneto - publicado em 03/03/22
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"Eu não quero entrar num debate com você sobre teologia", desconversou Biden, que, no entanto, disse que se absterá de doces durante a Quaresma

O presidente democrata Joe Biden, dos Estados Unidos, evitou responder ao repórter Owen Jensen, da rede católica norte-americana EWTN, como pode conciliar a sua alegada fé católica com o fato de apoiar publicamente o aborto, categoricamente rechaçado pela doutrina cristã.

Biden se limitou a responder:

O jornalista abordou o presidente nesta Quarta-Feira de Cinzas. Biden ainda trazia na testa as cinzas que, segundo ele próprio, teria recebido do cardeal Wilton Gregory, arcebispo de Washington.

Embora renegue frontalmente a doutrina católica sobre a sacralidade de TODA vida humana desde a concepção até a morte natural, Joe Biden afirmou que, durante a Quaresma, se absterá de doces.

Biden afirmou que defenderá o aborto “com todos os recursos”

Nesta última terça-feira, durante o tradicional relatório anual que todo presidente norte-americano apresenta ao Congresso na forma de um discurso conhecido como "o Estado da União", Biden reafirmou que o "direito constitucional afirmado pela lei Roe versus Wade [a sentença judicial que autorizou o aborto no país] está sob ataque como nunca antes".

Em janeiro deste ano, quando a decisão judicial pela legalização do aborto completou 49 anos, Joe Biden chegou a afirmar que defenderá o aborto "com todos os recursos que temos". Ele acrescentou que o aborto "é um direito que acreditamos que deve ser codificado em lei e estamos comprometidos em defendê-lo com todos os recursos que temos".

A incoerência do presidente que se declara católico, mas age em aberta oposição à doutrina da Igreja, é explicitamente criticada pela maior parte dos bispos católicos do país e do exterior, como é o caso de dom Joseph Naumann, arcebispo de Kansas City e presidente do Comitê de Ações Pró-Vida da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos: em outubro de 2021, ele se disse decepcionado com o presidente e exigiu que ele atue "como o católico devoto que afirma ser".