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O pecado grave do aborto legal na Colômbia

MARSZ PROLIFE W WASZYNGTONIE

AP/Associated Press/East News

Vanderlei de Lima - publicado em 06/03/22

Notamos a manobra para que o aborto seja imposto à população por meio do “ativismo judicial”

No dia 21/02/2022, a Corte Constitucional da Colômbia descriminalizou o aborto até as 24 semanas de gestação. Portanto, até o seu sexto mês de vida intrauterina, um ser humano pode ser assassinado sob o amparo da lei dos homens. Perante a lei divina, porém, esse homicídio cruel e covarde continua a ser pecado grave. Reflitamos!

Já de início, afirmemos que, no aborto provocado, tem-se a morte deliberada e direta – independentemente da forma como é realizado – de um ser humano na fase inicial de sua existência. Fase que vai da concepção ao nascimento. É pecado mortal e leva quem participa desse aborto – salvo as atenuantes do cânon 1324 a algumas mães – à excomunhão automática (cf. Código de Direito Canônico, cânon 1398 e Catecismo da Igreja Católica, n. 2270-2275). Mais: o aborto é um pecado que clama aos céus por vingança de Deus (cf. Gn 4,10), porque, conforme a doutrina católica, a sua malícia é tão grave e manifesta, que provoca o mesmo Deus a puni-lo com os mais severos castigos.

O segundo ponto é refutar os que, de um modo um tanto relativista, argumentam mais ou menos assim: “O aborto já existe. Se for legalizado, nada mudará, na prática. Apenas passará de ato criminoso a legal”. A este falso raciocínio, responde o Pe. Dr. Luiz Carlos Lodi da Cruz, do Pró Vida Anápolis (GO): “Legalizar ou não o aborto não é a mesma coisa. A diferença é enorme! Uma coisa é viver em uma nação cheia de criminosos que infringem a lei. Outra coisa é viver numa nação criminosa, porque aboliu a lei que pune o crime. Uma coisa é não conseguir impedir o aborto com as forças policiais. Outra coisa bem diferente é declarar que a matança dos inocentes não deve ser impedida porque é um direito do cidadão matar seus filhos”.

E continua: “Uma coisa é a justiça estar apenas no papel, mas não na prática. Outra coisa muitíssimo pior é a justiça não estar nem sequer no papel, mas ser trocada por uma lei injusta. Uma coisa é haver indivíduos, por numerosos que sejam, que não honram as leis justas da pátria. Outra coisa muito mais grave é uma pátria nem ao menos ter leis justas para serem honradas. Uma coisa é o crime de muitos brasileiros contra a vida. Outra coisa é o crime da própria nação brasileira contra o direito sagrado e inviolável à vida”.

Sua conclusão só pode ser, portanto, a seguinte: “A partir do dia em que o aborto se tornar lei, não haverá apenas um aumento do número dos assassinatos intrauterinos. Haverá uma mudança essencial: o Brasil se tornará uma nação aliada ao inimigo de Deus, ao homicida desde o princípio. Que nenhum de nós concorra, por atos ou omissões, para que tal desgraça aconteça” (O homicida desde o princípio. Boletim online, 10/05/2016).

Manobra

De fato, o crime aumenta onde é estimulado, mas diminui ou até se extingue onde é combatido. No Texas (EUA), por exemplo, o governador Greg Abbott assinou, em maio de 2021, o Texas Heartbeat Act que proíbe o aborto quando o batimento cardíaco do bebê se torna detectável, geralmente por volta da sexta semana de gravidez. Esta lei, embora, infelizmente, não proteja os nascituros concebidos nos crimes e pecados de estupro e incesto, conseguiu fazer cair, já no primeiro mês após promulgada, os casos de homicídios no ventre materno em cerca de 60% (cf. Texas reduz em 60% o aborto: o começo da batalha pela vida. IPCO online, 12/02/2022).

Por fim, notamos a manobra para que o aborto seja imposto à população por meio do “ativismo judicial”. Afinal, foi a Suprema Corte da Colômbia – e não os legisladores – que, por 5 votos a 4, jogou na consciência do povo colombiano mais este fardo moral. A pergunta a ser feita é: diante desse pecado grave do assassinato de um ser humano inocente e indefeso no ventre materno, que fazer?

Três são as atitudes dos fiéis católicos e demais pessoas de boa vontade: 1) Rezar pedindo a Deus que tenha piedade da Colômbia e livre também o Brasil do mal do aborto. 2) Demonstrar-se firme na denúncia desse pecado grave. 3) Estimular médicos e demais pessoas da área da saúde a conhecerem e a alegarem objeção de consciência ante essa escalada da morte sob o amparo da lei humana, mas não da imutável lei divina.

Coragem! Com a graça de Deus, venceremos!

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