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Ser justo é muito pouco, é preciso um amor sem medida

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Pe. Luigi Epicoco - publicado em 11/03/22

A justiça que o Evangelho nos pede e pela qual seremos julgados é a mesma que Cristo nos mostrou e é extrema, radical, excessiva, como o amor

Para o Evangelho, ser justo é muito pouco, devemos ser mais do que justos:

Eu, porém, digo-vos: todo aquele que se irar contra o seu irmão será submetido a julgamento.

A justiça deste mundo coincide com o simples cumprimento das regras. É uma justiça que antes de tudo salva a forma. Mas a verdade é que a justiça do Evangelho vai além até mesmo das medidas das regras e da forma. É uma justiça que vai à substância das coisas, e muitas vezes essa substância está escondida de uma leitura meramente superficial da vida.

Dever

Cumprir o dever nos torna justos, mas amar o que fazemos nos torna cristãos. É o amor que faz a diferença. Não basta não matar alguém com as próprias mãos. Lembre-se de que há muitas maneiras de matar seu irmão.

Por exemplo, ignorá-lo, esquecê-lo, denegri-lo, falar mal, mostrar aos outros suas fraquezas, ridicularizá-lo.

Não encontramos todas essas coisas no Código Penal, mas diante da Palavra de Jesus cada uma dessas coisas é gravíssima. Pode parecer exagero, mas a verdade é que o Evangelho vive por essa medida exagerada.

É por isso que há necessidade de uma inteligência muito mais profunda no julgamento das coisas. É essa inteligência que nos lembra que não faz sentido oferecer algo a Deus se você tem pendências com seu irmão. Deus olha para a nossa capacidade de amar, não para a nossa capacidade de cair de pé.

Evangelho segundo São Mateus 5,20-26

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se a vossa justiça não superar a dos escribas e fariseus, não entrareis no reino dos Céus. Ouvistes que foi dito aos antigos: “Não matarás; quem matar será submetido a julgamento”. Eu, porém, digo-vos: todo aquele que se irar contra o seu irmão será submetido a julgamento. Quem chamar imbecil a seu irmão será submetido ao Sinédrio, e quem lhe chamar louco será submetido à geena de fogo. Portanto, se fores apresentar a tua oferta ao altar e ali te recordares que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar, vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão e vem depois apresentar a tua oferta. Reconcilia-te com o teu adversário enquanto vais com ele a caminho, não seja caso que te entregue ao juiz, o juiz ao guarda, e sejas metido na prisão. Em verdade te digo: não sairás de lá, enquanto não pagares o último centavo».

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