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EUA: carro invade restaurante e mata advogada católica de refugiados

FATAL ACCIDENT

Brendan SMIALOWSKI | AFP

John Burger - publicado em 14/03/22

Jane Bloom chefiou o escritório da Comissão Católica Internacional de Migração por 12 anos

Jane Bloom relatou uma vez que sua mãe de 98 anos perguntava repetidamente quando ela ia se aposentar. Bloom começou a trabalhar para a Comissão Católica Internacional de Migração aos 60 anos.

“Eu disse: ‘Mãe, quando todos os dias acordo de alegria e mal posso esperar para começar a trabalhar, por que afinal eu pararia?”, ela disse, quando finalmente se aposentou aos 72 anos, em 2018. “Foi maravilhoso sentir que fazemos tanta diferença e sou grata por ter tido a oportunidade de trabalhar para a ICMC.”

Fatalidade

Bloom, que chefiou o escritório dos EUA da comissão de migração, estava entre os mortos em um acidente na sexta-feira passada, do lado de fora de um restaurante em Washington, DC.

A polícia de DC disse que um motorista idoso aparentemente perdeu o controle de seu Subaru Forester e invadiu a área com mesas na calçada em frente ao Restaurante Partenon na hora do almoço.

Onze pessoas, com idades entre 30 e 80 anos, ficaram feridas. Bloom, 76 anos, e Terese Dudnick Taffer, 73 anos, não resistiram aos ferimentos. Além das duas mulheres, outras três pessoas morreram.

Trabalho com refugiados

De acordo com o site da ICMC, Bloom passou um total de 35 anos defendendo os direitos de refugiados e migrantes nos EUA e no mundo. Ela nasceu em Nova York, filha de dois cidadãos americanos de primeira geração.

Assistente social, ela começou sua carreira trabalhando no campo da gerontologia. Em 1983, iniciou o trabalho com idosos refugiados. Em 1997, ela fundou e por sete anos chefiou a Refugee Works.

Em 2006, depois de concluir um mestrado em políticas públicas internacionais aos 60 anos, Bloom se juntou à Comissão Internacional de Migração da Igreja Católica nos Estados Unidos.

A Comissão Católica Internacional de Migração protege e serve pessoas desenraizadas, incluindo refugiados, requerentes de asilo, deslocados internos, vítimas de tráfico de pessoas e migrantes.

Doutrina social católica

Em uma entrevista em 2018, Bloom disse que o ICMC trouxe milhares de minorias religiosas para os EUA, incluindo caldeus iraquianos. Ela disse que aprendeu com alguns refugiados “quão centrais eram sua família e religião para eles”.

Ela disse que, olhando para trás em seu mandato de 12 anos, era “grata pela forte parceria que temos” com a Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos.

“Fiquei orgulhosa e honrada por ser selecionada para servir como delegada em suas missões episcopais reveladoras e de partir o coração”, disse ela. “E realizamos alguns programas conjuntos em vários países em diferentes áreas que beneficiaram refugiados.”

Ela também disse que os católicos que trabalham com migrantes e refugiados devem sempre estar sempre fundamentados na Doutrina Social da Igreja.

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