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Mulher: quem você é? Quem você escolheu ser?

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Talita Rodrigues - publicado em 14/03/22

Nenhuma de nós precisará ser salva, pois já estamos salvas. Quem somos de fato já nos salvou

O que vocês veem quando olham para mim? Rejeitada? Difícil de lidar? Solteira? Por que é permitido chamar uma mulher que não faz exatamente o que se pede dessa forma? 

Eu não estou escrevendo isso e não estou aqui para julgar ninguém. Não sou melhor que isso. Mas é isso que nos ensinam. 

A mulher nos contos de fada

Começa nos contos de fadas. A princesa precisa ser beijada antes de acordar. O sapatinho de cristal tem que caber, se não couber, temos um problema. Ela precisa ir para casa na hora ou a carruagem dessa princesa vira abóbora. Ou até mesmo precisa abrir mão da voz para ter duas pernas, para correr até o príncipe.

É isso que estamos contando o tempo todo para nós mesmas, nossas filhas, netas e amigas. Que é heroico para uma princesa sacrificar sua própria voz, a fim de ser feliz no amor. 

Virou coisa bonita ver uma mulher correndo, sem voz, com os cabelos ao vento, uma coroa na cabeça e um rosto perfeito para o Instagram. Até que: “BUM”. Ela está lá, caída no chão. E, meus amigos, esse texto, é um tributo aqueles que ousam nos levantar nestes momentos. Que ousam nos levantar mesmo se estivermos estiradas no chão e todos estiverem com pena ou qualquer outro sentimento de nós. 

Mas sabe o que eu aprendi recentemente? Que não precisamos contar essa mesma história, para nós mesmas e para mais ninguém. Porque no final das contas, mesmo se for por puro amor, é muito provável que nos direcionem a voltar àquela forma perfeita. A princesa que volta antes que a carruagem vire abóbora, o pé perfeito para servir num sapatinho de cristal e uma coroa na cabeça com um rosto perfeito para estarmos à altura. 

A voz interior

E o que nós fazemos na maioria das vezes? Tentamos corresponder aos desejos e expectativas tão desesperadamente que deixamos de ouvir a nossa própria voz. A nossa voz interior. Aquela voz que diz baixinho o quão valiosa e importante você é bem do jeitinho que você é.

Abrimos mão das coisas que são mais preciosas para nós porque estamos pensando sempre no que podemos ter, e não no que nós já temos e conquistamos com suor (e sem uma coroa).

A gente machuca os outros, geralmente aqueles que nós mais amamos. A gente se esconde atrás de paredes que nós mesmas construímos. Porque se ninguém vir o que sentimos, ninguém nunca vai chegar tão perto e não precisaremos falar das feridas mais doídas. Afinal, princesas são perfeitas. 

E aí, no final de tudo, o que teremos alcançado? Uma salva de palmas porque, enfim, fomos aceitas do modo como todos queriam que fôssemos? E a sua voz interior? Onde é que ela se perdeu? Por quanto tempo você fará isso? Por quanto tempo EU vou fazer isso? 

Já estamos salvas

Nenhuma de nós precisará ser salva, pois já estamos salvas. Quem somos de fato já nos salvou. Eu e você não precisamos da aprovação de ninguém para sermos o que nós quisermos ser – somente a de Deus, para que sejamos mulheres e corajosas, segundo incitação Dele. 

E o principal: você não precisa estar com alguém só para se sentir inteira. Esse papel Deus já faz em sua vida se você permitir.   

E hoje eu te digo e pergunto: Eu sou Talita Rodrigues. E isso é mais do que suficiente. 
E você, quem é?

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