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Amar os inimigos, como Cristo pede, significa ser livre

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Pe. Luigi Epicoco - publicado em 15/03/22
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Parece mais natural amar apenas quem retribui, mas esse tipo de amor é "reativo". Decidir amar, mesmo quando nos custa sacrifícios, é a libertação operada pelo amor

"Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo" (Mt 5, 42-48). Ser de Deus significa comportar-se como Jesus, e a característica do amor de Deus consiste em libertar-se da lógica da "ação-reação".

Na verdade, muito do que fazemos é mais por reação do que por decisão. De fato, é fácil corresponder ao bem que vem de alguém que nos ama – e é igualmente fácil sentir rancor contra alguém que nos feriu.

Libertação

Jesus pede-nos que libertemos o nosso amor deste mecanismo e o entreguemos a uma lógica de gratuidade que não tem nada a ver com simplesmente "sentir", mas sim com "decidir".

Diferença

Isso significa: se você ama apenas quando sente que ama, qual é a diferença entre você e qualquer outra pessoa? Ao invés disso, você decide amar mesmo quando sente que isso é cansativo, quando suas emoções lhe dizem o contrário, quando a reação mais humana poderia ser o ódio.

Na prática, Jesus nos pede para diferenciarmos entre o que sentimos e o que decidimos. Somos Seus filhos não apenas quando temos sentimentos positivos. Somos Seus filhos, acima de tudo, quando, apesar de sentirmos sentimentos negativos, decidimos fazer boas escolhas colocando-nos contra esses sentimentos viscerais tão humanos. É Jesus quem nos pede para raciocinar com outro critério de justiça.

Evangelho segundo São Mateus 5,43-48