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Invasão de igreja em Curitiba: vereador pede arquivamento de processo

Invasão à igreja do Rosário em Curitiba

Reprodução / Youtube

Francisco Vêneto - publicado em 21/03/22

Defesa do vereador alega que ele não praticou "qualquer conduta incompatível com o exercício da sua função"

O preocupante episódio da invasão de uma igreja em Curitiba, no dia 5 de fevereiro, continua tendo desdobramentos. Nesta última quinta-feira, 17 de março, o vereador Renato Freitas, do Partido dos Trabalhadores (PT), protocolou a sua defesa prévia junto ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Vereadores de Curitiba: ele é acusado de liderar a invasão da igreja de Nossa Senhora do Rosário durante o que definiu como uma pacífica manifestação contra o racismo.

O vereador petista está agora pedindo o arquivamento do processo aberto a pedido dos vereadores Eder Borges (PSD), Pier Petruzziello (PTB), pastor Marciano Alves e Osias Moraes, ambos do partido Republicanos, assim como pelos advogados Lincoln Machado Domingues, Matheus Miranda Guérios e Rodrigo Jacob Cavagnari. Renato Freitas responde por perturbação da prática de culto religioso, entrada não autorizada dos manifestantes e realização de ato político dentro da igreja.

Guilherme de Salles Gonçalves, advogado de Renato Freitas, afirma que o vereador não liderou a manifestação nem praticou “qualquer conduta incompatível com o exercício da sua função”. Para o advogado, “se tratou de um amplo ato coletivo, organizado por diversas frentes do município de Curitiba (…), de modo que atribuir sua organização individualmente a uma pessoa não é sequer lógico”.

O documento de 57 páginas acrescenta que o vereador não sabia que estava sendo celebrada a Santa Missa no momento da manifestação, o que contradiz a nota de repúdio emitida na época pela própria Arquidiocese de Curitiba. A nota, assinada pelo arcebispo dom José Antonio Peruzzo, afirmava não apenas que a invasão ocorreu “no mesmo horário da celebração da Missa”, mas também registrava: “Solicitados a não tumultuar o momento litúrgico, lideranças do grupo instaram a comportamentos invasivos, desrespeitosos e grotescos”.

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