Quando rogamos a Deus pelo fim da guerra na Ucrânia, é tentador pedir a Ele que force a Rússia a parar o conflito.
Entretanto, isso implicaria no fato de Deus se sobrepor ao livre arbítrio dos soldados russos e os obrigar a parar a violência.
E, por mais que desejemos que Deus force a Rússia e a Ucrânia a um cessar-fogo, não é bem assim que Ele trabalha.
Deus respeita nosso livre-arbítrio
Podemos não gostar disso, mas o fato é que Deus nos criou como seres livres, não robôs que podem ser reprogramados.
O Catecismo da Igreja Católica explica a liberdade que Deus nos deu:
Se não nos fosse dada a liberdade ou se nossa liberdade pudesse se virar contra nós, não seríamos mais responsáveis por nossas ações.
Portanto, se Deus forçasse a Rússia contra a vontade dela, isso violaria nossa confiança em Deus e tornaria nossas próprias ações sujeitas aos "caprichos" de um Deus injusto.
Se Deus retirasse nosso livre arbítrio, todo o sistema de julgamento divino seria colocado em perigo.
Mais importante ainda: se nosso livre arbítrio nos fosse tirado, nós não seríamos capazes de amar a Deus.
Os milagres e a graça de Deus podem influenciar nossas decisões
Entretanto, Deus pode nos "influenciar" de forma positiva através da graça e dos milagres.
Essencialmente, a graça pode trabalhar dentro de nossos corações para que possamos escolher livremente amar a Deus.
É assim que nossas orações podem influenciar positivamente a Rússia e a Ucrânia, inundando os políticos e líderes de ambos os países com um rio de graças, dando-lhes todas as oportunidades para parar a guerra.
Além disso, os milagres podem impactar ainda mais a livre escolha de cada pessoa, dando-lhe ainda mais chances de optar livremente por Deus.