O arcebispo de São Paulo, cardeal dom Odilo Scherer, lamentou o apoio de Lula ao aborto e classificou como "declaração infeliz" uma fala do ex-presidente e novamente pré-candidato à presidência do Brasil pelo PT.
Luis Inácio Lula da Silva afirmou que, como pai, é contrário ao aborto, mas, como chefe de Estado, precisa "tratar o assunto como saúde pública".
Saúde pública?
De fato, a estratégia de apresentar o aborto como um suposto caso de saúde pública é bastante comum entre os ativistas que pretendem legalizar o livre extermínio de bebês em gestação para além dos casos já previstos atualmente na legislação brasileira. Essa estratégia, no entanto, se baseia numa série de manipulações estatísticas e tergiversações de contextos sociais, conforme foi denunciado e demonstrado por diversos juristas e defensores do direito à vida.
Uma das argumentações mais relevantes contra a narrativa de que o aborto seria um caso de "saúde pública" foi apresentada pelo pe. José Eduardo de Oliveira aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) durante as audiências públicas de agosto de 2018 sobre a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442, que discutiu a descriminalização do aborto, no Brasil, até a 12ª semana da gravidez.
Você confere a argumentação do pe. José Eduardo no seguinte artigo:
Confira também a seguinte informação sobre as manipulações de números e estatísticas perpetradas por ativistas pró-aborto para tentar justificar a liberalização da prática como questão de "saúde pública":
A "declaração infeliz" de Lula
O ex-presidente foi entrevistado no último dia 24 de março pela rádio Super 91,7 FM, a cujos microfones afirmou:
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Orbis para o site Diário do Poder, apenas 16,6% da população brasileira apoia a liberalização do aborto no país.
Segundo a agência católica de notícias ACI Digital, o cardeal arcebispo dom Odilo Scherer considerou uma "declaração infeliz" o comentário de Lula, recordando que o aborto, independentemente de quaisquer dogmas e com base apenas na ciência e na moral natural fundamental, é pura e simplesmente um assassinato que pode e deve ser evitado:
Confira a seguir algumas das inúmeras ações que a Igreja Católica realiza para amparar as mulheres grávidas em decorrência de estupro, a fim de que escolham a vida e contem com a estrutura necessária para terem seus filhos: