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Ucraniana de 104 anos foge da guerra

Starsza kobieta

Kharaim Pavlo | Shutterstock

Aleteia Polônia - publicado em 28/03/22

Uma das refugiadas mais velhas a escapar da guerra na Ucrânia teve que ficar três dias no hospital no meio da fuga para a Polônia

Há muito tempo, Zofia Curkan, uma ucraniana de 104 anos, planejava mudar-se para a Polônia, pois seus familiares (uma filha, um genro, netos e bisnetos) vivem no país. Por causa de sua idade avançada, a filha Luiza queria que sua mãe fosse morar com ela.

Foi então que, no ano passado, a senhora solicitou um passaporte. Naquele momento, a mídia ucraniana a notou pela primeira vez e questionou por que uma mulher de sua idade precisava de um passaporte. A família também solicitou a cidadania polonesa para Zofia, cujos pais nasceram na Polônia.

Ucraniana de 104 anos foge da guerra

Nos últimos 10 anos, a idosa nunca saiu de seu apartamento, muito menos viajou. Ela tem problemas para se locomover por causa dos quadris frágeis. Zofia, de fato, não consegue andar por conta própria e, como seu apartamento fica no terceiro andar, as compras de mantimentos estavam fora de questão para ela.

Quando a guerra eclodiu, a família decidiu evacuar Zofia imediatamente. Na manhã do dia 5 de março, logo após o toque de recolher, Zofia partiu para a Polônia. A viagem não estava livre de complicações. Sua filha mais nova e seu neto a acompanharam na viagem. A primeira etapa foi uma viagem de carro até um ônibus que a levou de Odessa para a Moldávia.

De Odessa para Varsóvia

Com a ajuda de uma organização com sede em Odessa, Zofia deixou a cidade e recebeu atendimento médico, o que se mostrou necessário, pois as pessoas que ajudaram a carregá-la deslocaram o ombro dela… Resultado: a idosa teve que permanecer no hospital por três longos dias.

Finalmente, Zofia conseguiu! Ela chegou em Varsóvia de avião e foi direto do aeroporto para se encontrar com a querida filha. Foi Luíza que contou à Aleteia a história da mãe, pois a idosa não se lembra muito da viagem.

No entanto, ela se lembra de sua juventude e das igrejas polonesas que frequentou.

O sinal da vitória

Parteira de profissão, Zofia foi testemunha de inúmeros milagres da vida. Uma vez, quando ela estava ajudando no parto de gêmeos, a mãe lhe pediu para matar um deles. Profundamente religiosa, recusou-se firmemente.

Ela ainda se lembra da guerra anterior: casas em chamas, cadáveres e a libertação de Odessa em 1944.

Será que ela entende o que está acontecendo agora na Ucrânia? É difícil dizer se ela está ciente disso. Mas quando ela posa para fotografias, sempre faz o sinal da vitória com os dedos!

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FamíliaGuerraRefugiadosUcrânia
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