Arcebispo ucraniano espera que viagem do papa a Ucrânia seja “o mais rápido possível”
O Papa Francisco está mais próximo do que nunca de viajar à Ucrânia? Diante deste questionamento, que passa pela cabeça de milhões de católicos a cada novo e forte pronunciamento do pontífice contra a guerra que devasta o país, o arcebispo-mor da Igreja Greco-Católica Ucraniana, Sua Beatitude Sviatoslav Shevchuk, responde que está trabalhando intensamente para concretizar “o mais rápido possível” uma extraordinária viagem pontifícia a Kiev, a capital que, assim como várias outras cidades, continua sob ataque das tropas russas.
Durante o voo de retorno de Malta para Roma neste domingo, 3 de abril, Francisco declarou que a possibilidade de viajar à Ucrânia para ajudar no restabelecimento da paz está “sobre a mesa”. Respondendo a jornalistas que o questionaram sobre uma eventual e muito delicada visita a Kiev, o Papa afirmou que está “disposto a fazer tudo o que precisa ser feito” e que “a Santa Sé, especialmente o lado diplomático, o cardeal Parolin e dom Gallagher, estão fazendo tudo”.
Francisco ainda definiu a guerra como resultado do “espírito de Caim”, em referência ao irmão que assassina o próprio irmão.
O Papa acrescentou que não é prudente divulgar tudo o que a Santa Sé vem fazendo, mas registrou que “estamos no limite do nosso trabalho”.
Especificamente sobre a viagem, ele disse:
“Perguntaram-me se haveria uma viagem à Ucrânia. Eu disse que ela está sobre a mesa. Está ali como uma das propostas que chegaram, mas não sei se poderá ser feita, se é conveniente fazê-la (…) Tudo isso está no ar”.
Por sua parte, o arcebispo Sviatoslav Shevchuk reforçou, mediante nota divulgada pela sua secretaria em Roma, que a viagem do Papa Francisco à Ucrânia é muito esperada e que a presença dele no país em plena guerra “seria um gesto poderoso para a paz”.