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Funcionários da Cáritas são mortos em Mariupol

Caritas Mariupol

@iamCARITAS | Twitter

Francisco Vêneto - publicado em 13/04/22

Tanque russo disparou contra edifício onde ficava a Cáritas, matando dois funcionários e cinco familiares

Dois funcionários da Cáritas foram mortos em Mariupol. A tragédia foi confirmada pela própria instituição de caridade da Igreja Católica mediante comunicado de seu secretário-geral, Aloysius John, que escreveu:

“Juntamo-nos com dor e solidariedade ao sofrimento das famílias e dos nossos colegas da Cáritas Ucrânia que vivem esta tragédia”.

Os assassinatos ocorreram ainda em 15 de março, mas só foram confirmados ao público neste dia 12 de abril. As vítimas foram atingidas dentro do edifício em que se localizava o escritório da Cáritas em Mariupol, quando um tanque disparou contra o local. Foram mortos dois funcionários e cinco familiares deles, ali abrigados pensando estarem a salvo.

A Cáritas Internacional reforçou seu “apelo incansável pela paz, como fazemos há 48 dias”. Aloysius John acrescentou:

“O martírio na Ucrânia, como o Papa Francisco o definiu, tem de parar e tem de parar agora. A comunidade internacional deve fazer o impossível para parar este massacre imediatamente. O conflito armado e a violência não são a solução. As vidas humanas devem ser salvaguardadas, a dignidade humana respeitada e a segurança dos civis deve ser garantida”.

A Cáritas atua na Ucrânia mediante a Cáritas Ucrânia e a Cáritas-Spes Ucrânia: a primeira está diretamente ligada à tradição latina da Igreja Católica, enquanto a segunda é gerida pelos membros da tradição greco-católica ucraniana, que mantém plena comunhão com a Santa Sé. Embora autônomas, ambas as entidades são parceiras e têm atuado em cooperação com a Confederação Cáritas, prestando ajuda humanitária a mais de 600.000 pessoas desde o início da guerra, em 24 de fevereiro.

Tetiana Stawnychy, presidente da Cáritas Ucrânia, também lançou um apelo à solidariedade e à oração pelas “famílias das vítimas, pela comunidade da Cáritas Mariupol e pela comunidade da Cáritas Ucrânia”.

Segundo dados da câmara municipal de Mariupol veiculados nesta segunda-feira, 11 de abril, mais de 10 mil civis já foram mortos em decorrência do cerco russo à cidade. O número, porém, pode superar os 20 mil com base na quantidade de corpos encontrados nas ruas.

Tags:
GuerraIgrejaUcrânia
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