Terça-feira, 19 de Abril, 2022
1 – Fé persistente entre os aborígenes do Canadá
2 – “O que os russos estão a fazer à Ucrânia, a China poderia fazer conosco”, adverte um bispo filipino
3 – Parlamentar ucraniano fala sobre seus dias em cativeiro
4 – Sexta-feira Santa: Francisco opta por um gesto profético como estratégia geopolítica
5 – A Igreja Alemã responde a acusações de cisma
1. FÉ PERSISTENTE ENTRE OS POVOS NATIVOS DO CANADÁ
Em Julho, o Papa Francisco deve viajar ao Canadá para pedir mais uma vez desculpas aos povos indígenas, após um pedido inicial feito em Roma no mês passado. Em Roma, Francisco pôde encontrar-se com muitos membros das comunidades de indígenas canadenses. Apesar das muitas queixas que persistem contra a instituição católica no país entre estes povos – nomeadamente no que diz respeito às antigas escolas residenciais – muitas deles são ainda hoje católicas. Um membro da comunidade Métis, de Ontário, explica que esta permanência na fé está ligada ao respeito pelos mais velhos, um elemento central em todas as sociedades aborígenes. Os avós aborígenes são frequentemente católicos e, para além das tradições seculares das várias “nações” canadenses, transmitem a sua fé em Cristo. Além disso, existem muitas pontes entre a sabedoria aborígena e o catolicismo, nota o jornalista Mathieu Perreault, que entrevistou vários católicos Inuit e Métis, que não hesitam em viver sua sabedoria ancestral e a fé em Cristo.
La Presse, francês
A poucos dias das eleições presidenciais nas Filipinas, o Bispo Broderick Pabillo, antigo Administrador Apostólico da Diocese de Manila e Vigário Apostólico de Taytay na ilha de Palawan, discute os desafios enfrentados pelo próximo governo do país. Com os direitos humanos cada vez mais vistos como um “fardo sobre o desenvolvimento do progresso governamental” e a economia paralisada, o prelado filipino insta os católicos a escolherem o melhor candidato. Tanto mais que a ofensiva russa na Ucrânia é preocupante: “Se deixarmos os russos agir com impunidade, os chineses sentir-se-ão encorajados a fazer o mesmo no nosso país ou em Taiwan. Perante este perigo, o Bispo Pabillo associa-se à “condenação da invasão russa” e denuncia o “controle da mente” pelos meios de comunicação social praticado por Putin e Xi Jinping.
AsiaNews, italiano
3. PARLAMENTAR UCRANIANO FALA SOBRE SEUS DIAS EM CATIVEIRO
Ivan Fedorov, o presidente da câmara de Melitopol, que foi sequestrado pelo exército russo durante quase uma semana, esteve em Roma para testemunhar sobre a situação dramática em que a sua cidade se encontra agora, mas também sobre as condições desumanas que sofreu durante o seu cativeiro antes de ser libertado numa troca de reféns. Durante a sua estadia em Roma, o líder ucraniano pôde encontrar-se e falar com o Papa Francisco antes da Vigília Pascal. Pediu-lhe que intercedesse junto de Vladimir Putin para garantir corredores humanitários em Mariupol. Renovou também o convite do governo ao pontífice para visitar a Ucrânia, dizendo que poderia “parar esta guerra”. Dois dias depois, outro oficial ucraniano, o Major Serhiy Volyna – um major do exército ucraniano em Mariupol – pediu ajuda ao Papa Francisco para salvar as mulheres, crianças e feridos que ainda lá se encontram.
Reuters, inglês