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Novo estudo científico afirma: Santo Sudário é, sim, do tempo de Jesus

Santo Sudário de Turim contemplado pelo Papa Francisco

AP/East News

Francisco Vêneto - publicado em 20/04/22

Método de datação por raios X afirma que o tecido tem 2 mil anos e corresponde à época da morte e ressurreição de Cristo

Um novo estudo científico sobre o Santo Sudário de Turim reafirma que a enigmática relíquia é, sim, do tempo de Jesus: o método científico de datação por raios X, aplicado a uma amostra do tecido, determinou que ele tem cerca de 2 mil anos – o que é coerente com a tradição que aponta nele o pano que envolveu o corpo de Jesus Cristo no sepulcro e no qual teria ficado impressa a silhueta do Senhor, estampada em decorrência da Sua Ressurreição.

Datação por raios x

Publicado no último dia 11 de abril, o estudo se intitula “Datação por raios X de uma amostra de linho do Sudário de Turim” e foi realizado pela equipe de pesquisadores do cientista italiano Liberato De Caro, em parceria com o professor G. Fanti, da Universidade de Pádua, na Itália.

Liberato De Caro, do Instituto de Cristalografia do Conselho Nacional de Pesquisa de Bari, também na Itália, empregou um método de “dispersão de raios X de grande angular” para examinar o natural envelhecimento da celulose numa amostra de tecido do Sudário. As análises, já revisadas por outros cientistas, indicam que o tecido tem muito mais do que 700 anos, conforme havia sido estimado numa controversa datação feita em 1988 com o uso de carbono 14.

De Caro, que considera o Sudário de Turim como “a mais importante relíquia do cristianismo”, relatou ao jornal National Catholic Register, em 13 de abril, que estuda o tecido há 30 anos utilizando “técnicas de pesquisa na escala dos átomos, principalmente através de raios X”. Ele conta que a sua equipe desenvolveu há três anos o novo método para medir o envelhecimento natural da celulose de linho usando os raios X. Segundo o cientista, novas pesquisas dependerão da possibilidade de acesso a novas amostras da relíquia, o que é viável porque, em 2002, a arquidiocese de Turim extraiu e armazenou alguns fios do Sudário para estudos científicos futuros.

O pesquisador italiano afirma que o Sudário de Turim “desafia a ciência” e representa um “complexo quebra-cabeças” que vai sendo montado “a cada nova investigação”. Ele observa que os cientistas que já estudaram a relíquia ainda não encontraram uma explicação definitiva e compartilhada por toda a comunidade científica no tocante à imagem impressa no Santo Sudário.

A pesquisa da equipe de Liberato De Caro foi publicada na revista internacional Heritage, devidamente revisada por outros cientistas. O estudo também foi divulgado pelo Conselho Nacional de Pesquisa, da Itália.

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CiênciaHistóriaJesusRessurreiçãoSudário
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