Uma Páscoa cheia de consternação e angústia. Foi assim em Santa Cruz, Bolívia, depois da que o frade Wilberth Daza, de 42 anos, foi encontrado sem vida na noite de sábado, quando acontecia a Vigília Pascal.
Conforme relatado pelo El Deber, e confirmado por Aleteia através dos franciscanos na Bolívia, o frade foi encontrado com sinais de muita violência dentro da igreja de São Francisco.
Também se apurou, através do Ministro do Governo, Eduardo del Castillo, que o assassino “já está identificado”. Nesse sentido, meios de comunicação como a Unitel publicaram que a polícia realizou operações para prender o assassino.
“(O assassino) é uma pessoa que visitava constantemente a igreja, não é uma pessoa que fazia parte do clero católico. No entanto, é uma pessoa que tinha conhecimento do movimento da igreja. Trata-se de um viciado em drogas”, explicou del Castillo.
Segundo o comandante departamental da Polícia de Santa Cruz, Erick Olguín, a morte do frade não se deveu à insegurança, mas a problemas relacionados “ao meio ambiente” do local onde se encontrava o religioso.
Já a família do frade assassinado suspeita que o crime foi planejado e executado por mais de um indivíduo.
As primeiras notas publicadas na mídia boliviana, assim que os fatos foram conhecidos, também lembravam que o frade assassinado era o responsável pela administração do cofre da igreja. Acredita-se que um roubo teria motivado o crime.
O próprio irmão do frade, Edil Daza, afirmou veementemente que os envolvidos sabiam onde ele guardava o dinheiro.
Depois do ocorrido, as portas do templo foram fechadas e os paroquianos colocaram fita preta em sinal de luto, lembrou também El Deber .
Proximidade e solidariedade da Igreja
“Dada a notícia do roubo no convento de São Francisco na cidade de Santa Cruz e do violento assassinato do frade Wilberth Daza Rodas OFM, nossa Igreja está de luto e consternada pelos acontecimentos ocorridos”, afirmou uma mensagem divulgada pela Conferência Episcopal Boliviana (CEB).
“Pedimos que uma investigação clara e precisa seja realizada o mais rápido possível e que chegue ao esclarecimento dos terríveis acontecimentos “, continuou a mensagem divulgada em 17 de abril, antes do andamento da investigação.
“Diante da cultura de violência que existe na Bolívia, feminicídios, roubos, assassinatos, insegurança, conclamamos todo o povo boliviano a se comprometer e trabalhar por uma cultura de paz onde todos possamos viver em fraternidade ”, destacou a nota.
