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O que a Igreja ensina sobre a difamação

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Elena Dijour | Shutterstock

Philip Kosloski - publicado em 11/05/22

A difamação é um pecado grave, que vai contra os mandamentos de Deus

A Igreja Católica defende os ensinamentos de Jesus Cristo, destacando a dignidade da pessoa humana. O Catecismo da Igreja Católica trata a difamação como desrespeito ao Oitavo Mandamento:

“Os discípulos de Cristo «revestiram-se do homem novo, criado segundo Deus na justiça e na santidade verdadeiras» (Ef 4, 24). «Libertos da mentira» (Ef 4, 25), devem rejeitar «toda a malícia, falsidade, hipocrisia, invejas e toda a espécie de maledicência» (1 Pe 2, I).

Falso testemunho e perjúrio. Uma afirmação contrária à verdade feita publicamente, reveste-se de gravidade particular: perante um tribunal, é um falso testemunho (234); quando mantida sob juramento, é um perjúrio. Estes modos de agir contribuem quer para condenar um inocente, quer para absolver um culpado ou aumentar a pena em que tiver incorrido o acusado (235). E comprometem gravemente o exercício da justiça e a equidade da sentença pronunciada pelos juízes.”

CIC 2475-2476

Ofensas contra a pessoa humana

O Catecismo ainda elenca atitudes que ofendem o outro e prejudicam a sua reputação:

“O respeito pela reputação das pessoas proíbe toda e qualquer atitude ou palavra susceptíveis de lhes causar um dano injusto. Torna-se culpado:

– de juízo temerário, aquele que, mesmo tacitamente, admite como verdadeiro, sem prova suficiente, um defeito moral do próximo;
– de maledicência, aquele que, sem motivo objetivamente válido, revela os defeitos e as faltas de outrem a pessoas que os ignoram;
– de calúnia, aquele que, por afirmações contrárias à verdade, prejudica a reputação dos outros e dá ocasião a falsos juízos a seu respeito.”

CIC 2477

Como ainda observa o Catecismo, “mesmo que não tenham sido confiadas sob sigilo, as informações particulares prejudiciais a outrem não devem ser divulgadas sem uma razão grave e proporcionada”.

Portanto, nunca devemos apontar as falhas de outra pessoa publicamente. Até o próprio Jesus nos pediu para resolver certas questões de forma particular, antes de ir aos tribunais.

“Se teu irmão tiver pecado contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele somente; se te ouvir, terás ganho teu irmão. Se não te escutar, toma contigo uma ou duas pessoas, a fim de que toda a questão se resolva pela decisão de duas ou três testemunhas. Se recusa ouvi-los, dize-o à Igreja. E se recusar ouvir também a Igreja, seja ele para ti como um pagão e um publicano.”

(Mateus 18,15-17)

Enfim, a difamação é um pecado grave, que vai contra os mandamentos de Deus, mas a melhor maneira de resolver tal conflito é sempre em particular, longe dos olhos do público.

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